A saúde é, de longe, o problema que os portugueses consideram “mais importante” na atualidade.
De setembro para cá, subiu de 27% para 34%, já 18 pontos acima dos temas que estão em segundo lugar: salários/emprego e corrupção; porém, ao mesmo tempo, a avaliação que os portugueses fazem da qualidade dos serviços públicos de saúde é globalmente positiva — mesmo que “marginalmente positiva”, revela a sondagem ISCTE e ICS para o Expresso/SIC.
Avaliação do tempo de espera é o que mais preocupa os portugueses. Falta um hospital novo, faltam médicos e enfermeiros, há extensões de saúde que fecharam, consultas que não se conseguem marcar ou listas de espera longas. São muitas as razões apontadas para este descontentamento.
Porém, os dados globais escondem um problema sério: os residentes na região do Algarve contrastam radicalmente deste cenário de satisfação média, dando nota muito negativa ao SNS nos três parâmetros que foram avaliados nesta sondagem especialmente dedicada ao estado da saúde em Portugal.
Numa escala de 0 a 10, os algarvios dão 3,1 ao tempo de espera (contra 6 no Alentejo, 5,3 a Norte ou 5,1 na Grande Lisboa), avaliam com um 4,4 o “tratamento clínico” (contra 6,9 no Alentejo e Norte ou 6,4 em Lisboa e Centro) e atribuem um baixo 3,5 à “qualidade global” dos serviços de saúde (contra os bem melhores 6,5 a Norte ou 6,2 na Grande Lisboa).
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