O Presidente dos Estados Unidos afirmou esta quinta-feira que, em caso de utilização pela Rússia de armas químicas na Ucrânia, a NATO irá responder, sem precisar a natureza dessa resposta, mostrando-se ainda favorável à expulsão da Rússia do G20.
“Responderemos se ele [Putin] usar [armas químicas]. A natureza dessa resposta dependerá da natureza da sua utilização”, afirmou Joe Biden.
O Presidente dos Estados Unidos falava no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), depois de ter participado numa cimeira dos líderes da Aliança Atlântica e uma cimeira dos líderes do G7.
Questionado se essa resposta incluiria uma intervenção militar da NATO, Biden respondeu que a utilização de armas químicas “despoletaria uma resposta à altura”.
“Se está a perguntar se a NATO iria atravessar [a fronteira com a Ucrânia], tomaríamos essa decisão na altura”, frisou.
Interrogado ainda se acha que a Rússia deveria sair do G20, Biden respondeu que “sim”, mas afirmou que “isso depende” no conjunto dos países que compõem o grupo.
“Foi uma questão levantada hoje e eu sugeri que, caso isso não seja possível – caso a Indonésia e outras nações não concordem [com a expulsão da Rússia] – então deveríamos, na minha opinião, pedir para que a Ucrânia participe e assista às reuniões do G20”, sublinhou.
Biden “esperançoso” que China não se envolva na guerra
O Presidente dos Estados Unidos mostrou-se esta quinta-feira “esperançoso” que a China não se irá envolver na invasão russa da Ucrânia, sustentando que Pequim percebe que o seu “futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia”.
“Acho que a China percebe que o seu futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia, por isso estou esperançoso de que não se irão envolver”, afirmou Joe Biden.
O Presidente dos Estados Unidos falava numa conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), em Bruxelas, depois de ter participado na cimeira extraordinária de líderes da Aliança Atlântica e numa cimeira de líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
Abordando uma conversa telefónica que teve com o Presidente da China, Xi Jinping, na passada sexta-feira, Biden disse que se assegurou, “de maneira muito clara”, de que o líder chinês percebia as “consequências que teria se ajudasse a Rússia [na Ucrânia], como tinha sido relatado e era esperado”.
“Não fiz nenhuma ameaça, mas indiquei-lhe o número de empresas americanas e estrangeiras que deixaram a Rússia, devido ao seu comportamento bárbaro, e transmiti-lhe que conhecia – porque tivemos longas discussões no passado – o seu interesse em manter relações económicas e de crescimento com os Estados Unidos e a Europa”, referiu.
O Presidente norte-americano sublinhou assim que, em caso de auxílio da China à Ucrânia, a vontade chinesa de manter o relacionamento económico com o Ocidente ficaria em “grande perigo”.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL, com Lusa