Portugal regista hoje 295 mortes associadas à covid-19, mais 29 do que no sábado, e 11.278 infetados (mais 754), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (158), seguida da região Centro (72), da região de Lisboa e Vale do Tejo (58) e do Algarve (07).
Relativamente a sábado, em que se registavam 266 mortes, hoje observou-se um aumento de 11% (mais 29).
De acordo com os dados da DGS, há 11.278 casos confirmados, mais 754, um aumento de 7,2% face a sábado.
Das 295 mortes registadas, 190 tinham mais de 80 anos, 66 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 27 entre os 60 e os 69 anos, oito entre os 50 e os 59 anos e quatro óbitos entre os 40 aos 49 anos.
Das 11.278 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (9.927) está a recuperar em casa, 1.084 (mais nove, +0,8%) estão internadas, 267 (mais 16, +6,4%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
Os dados da DGS, que se referem a 78% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (681), seguida do Porto (660 casos), Vila Nova de Gaia (499), Gondomar (478), Maia (422), Matosinhos (395), Braga (349), Valongo (344), Sintra (269) e Ovar (238).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 86.370 casos suspeitos, dos quais 4.962 aguardam resultado das análises.
O boletim epidemiológico indica também que há 70.130 casos em que o resultado dos testes foi negativo e mantém, em relação a sábado, o número de doentes recuperados: 75.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 6.530, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 2.904 casos, da região Centro (1.442), do Algarve (201) e do Alentejo, que hoje apresenta 82 casos.
Há ainda 67 pessoas infetadas com o vírus da covid-19 nos Açores e 52 na Madeira.
A DGS regista ainda 23.209 contactos em vigilância pelas autoridades (mais 351 do que no sábado).
OS NÚMEROS DO ALGARVE
No quadro referente à caracterização demográfica dos casos confirmados [aqui reproduzido], a DGS divulga hoje que o Algarve aparece com a seguinte descrição:
Albufeira com 40 (+1);
Faro com 37 (+1); a ARS Algarve tem indicado que eram 37*;
Loulé com 33 (+7);
Portimão com 23 (+1); a DGS tinha indicado ontem que eram 23;
Vila Real de Santo António com 15 (=);
Tavira com 11 (+5);
Silves com 10 (=);
Olhão com 7 (=);
Lagoa com 3 (+3) (sábado, a DGS indicou que eram 3); a ARS Algarve tem indicado que eram 4*;
São Brás de Alportel (1*) e Castro Marim (2*) não aparecem no relatório da DGS, pelo que pressupões-se que mantém menos de três casos cada um.
* Dados divulgados até o passado dia 1 de abril pela ARS Algarve.
Notas metodológicas:
- A informação apresentada refere ao total de notificações clínicas no sistema SINAVE, correspondente a 79% dos casos confirmados. Dados por concelho de ocorrência. Quando os casos confirmados são inferiores a 3, por motivos de confidencialidade, os dados não são apresentados.
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (2.058), seguida dos 50 aos 59 anos (2.033), dos 30 aos 39 anos (1.671) e dos 60 aos 69 anos (1.491).
Há ainda 162 casos de crianças até aos nove anos, 276 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.179 casos.
Os dados indicam também que há 1.059 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.349 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 157 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 115 de França, 63 do Reino Unido, 41 dos Emirados Árabes Unidos, 41 da Suíça, 29 de Itália, 23 de Andorra, 20 do Brasil, 19 dos EUA, 16 dos Países Baixos, 14 da Austrália, 11 da Argentina, nove da Bélgica, nove da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde.
O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, três casos do Egito, dois da Irlanda, dois do Luxemburgo, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.
Foram ainda importados um caso do Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Malta, Maldivas, Marrocos, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Suécia, Ucrânia e Venezuela.
Segundo a DGS, 60% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 46% febre, 32% dores musculares, 29% cefaleia, 25% fraqueza generalizada e 17% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 77% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado em 02 de março, está já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 233 mil são considerados curados.