Portugal regista hoje 246 mortes associadas à covid-19, mais 37 do que na quinta-feira, e 9.886 infetados (mais 852), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quinta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (131), seguida da região Centro (61), da região de Lisboa e Vale do Tejo (51) e do Algarve, em que hoje se mantém o mesmo número de mortos (3) e se registou a primeira morte no Alentejo.
Relativamente a quinta-feira, em que se registavam 209 mortes, hoje observou-se um aumento de 17,7% (mais 37).
Há mais uma morte no Algarve
A região do Algarve regista o seu quarto falecimento que ainda não consta do boletim diário da DGS de hoje.
A confirmação foi dada em conferência de imprensa, esta manhã, “para efetuar um ponto de situação das diferentes dimensões da coordenação estratégica em matéria de prevenção, preparação e resposta, face à pandemia do novo coronavírus no Algarve”, conforme noticiou ontem o POSTAL.
Segundo disse ao POSTAL fonte da Comissão de Proteção Civil, a nova vítima mortal é uma pessoa do Algarve, não tendo sido ainda revelado o concelho de origem.
De acordo com os dados da DGS, há 9.886 casos confirmados, mais 852, um aumento de 9,4% face a quinta-feira.
Das 246 mortes registadas, 156 tinham mais de 80 anos, 58 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 21 entre os 60 e os 69 anos, nove entre os 50 e os 59 anos e dois óbitos entre os 40 aos 49 anos.
Das 9.886 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (8.583) está a recuperar em casa, 1.058 (mais 16, +1,5%) estão internadas, 245 (mais cinco, +02%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (634), seguida do Porto (606 casos), Vila Nova de Gaia (449), Gondomar (424), Maia (390), Matosinhos (368), Braga (305), Valongo (308), Sintra (242) e Ovar (220).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 74.377 casos suspeitos, dos quais 5.392 aguardam resultado das análises.
O boletim epidemiológico indica também que há 59.099 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que se mantem em relação a quinta-feira o número de 68 doentes recuperados.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 5.899, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 2.347 casos, da região Centro (1.286), do Algarve (179) e do Alentejo, que hoje apresenta 62 casos.
Há ainda 63 pessoas infetadas com covid-19 nos Açores e 50 na Madeira.
OS NÚMEROS DO ALGARVE
No quadro referente à caracterização demográfica dos casos confirmados [aqui reproduzido], a DGS divulga hoje que o Algarve aparece com a seguinte descrição:
Albufeira com 38 (+4);
Faro com 34 (+2); a ARS Algarve tem indicado que eram 37*;
Loulé com 26 (+1);
Portimão com 23 (+2);
Vila Real de Santo António com 11 (=);
Olhão com 7 (+2);
Silves com 7 (=);
Lagoa com 3 (=); a ARS Algarve tem indicado que eram 4*;
Tavira com 3 (=);
São Brás de Alportel (1*) e Castro Marim (2*) não aparecem no relatório da DGS, pelo que pressupões-se que mantém menos de três casos cada um.
* Dados divulgados até o passado dia 1 de abril pela ARS Algarve.
A DGS regista ainda 22.556 contactos em vigilância pelas autoridades (mais 758 do que na quinta-feira).
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.827), seguida dos 50 aos 59 anos (1.786), dos 30 aos 39 anos (1.473) e dos 60 aos 69 anos (1.325).
Há ainda 133 casos de crianças com idades até aos nove anos, 236 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.005 casos.
Os dados indicam também que há 945 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.156 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 152 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 107 de França, 59 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 39 da Suíça, 29 de Itália, 21 de Andorra, 17 dos EUA, 14 da Austrália, 14 dos Países Baixos, 14 do Brasil, 11 da Argentina, nove da Bélgica, sete da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde, de onde se tinham estimado inicialmente quatro casos.
O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.
Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela.
Segundo a DGS, 60% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 48% febre, 33% dores musculares, 29% cefaleias, 25% fraqueza generalizada e 19% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 78% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março, está já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.