Os protestos das forças de segurança têm conduzido ao adiamento de eventos desportivos, assim como à ausência de polícias nos aeroportos portugueses. Aqueles que não comparecem no seu local de trabalho alegam estar de baixa médica. Em causa estão os protestos de membros da PSP e GNR, que viram o Governo aumentar o suplemento de missão aos elementos da Polícia Judiciária, deixando para trás as outras forças de segurança.
Em janeiro foram várias as viaturas policiais que estiveram paradas por se encontrarem “inoperacionais”, tal como avançaram os agentes em protesto. Só no último fim de semana, três jogos de futebol das competições profissionais foram adiados por falta de policiamento. O encontro da primeira liga entre o Famalicão e o Sporting foi um dos jogos adiados e no exterior do estádio houve registo de confrontos entre adeptos, que provocaram seis feridos.
Também os encontros Leixões-Nacional e o Feirense-Académico de Viseu, da segunda liga, tiveram de ser reagendados. Segundo a nota do Ministério da Administração Interna (MAI), a ausência de forças de segurança no estádio foi justificada com “as generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias”.
A Inspeção-Geral da Administração Interna está agora a investigar as baixas médicas apresentadas. Ainda assim, os agentes da PSP do Algarve (Tavira, Vila Real de Santo António, Portimão e Olhão) já estão a implementar novas formas de protesto. É que 22 agentes de autoridade chumbaram no exame anual de certificação de tiro para ficarem sem arma e fora do serviço na rua.
Tal como avança a SIC Notícias, quem chumba tem uma segunda oportunidade para realizar o exame prático de tiro. Quem voltar a falhar fica sem arma e não pode fazer serviço no exterior. Terá então de ficar à secretária e não pode fazer atendimento ao público.
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