A Polícia Militarizada francesa – Gendarmerie – já chegou a Lviv, no oeste da Ucrânia, para ajudar as autoridades ucranianas “nas investigações de crimes de guerra cometidos em Kiev”, anunciou esta segunda-feira o embaixador francês na Ucrânia.
É a “primeira” unidade estrangeira “a fornecer tal ajuda”, escreveu Etienne de Poncins numa mensagem na rede social Twitter.
“Orgulhoso em receber em Lviv o destacamento de polícias técnicos e científicos que vieram ajudar os seus camaradas nas investigações de crimes de guerra cometidos em Kiev”, declarou o embaixador. “Eles estarão a trabalhar amanhã [terça-feira] “, indicou ainda Etienne de Poncins.
“Solidariedade“, declarou o diplomata, acrescentando os emojis das bandeiras francesa e ucraniana. Esta mensagem no Twitter também foi traduzida para o ucraniano.
“Uma equipa técnica do Ministério do Interior responsável por fornecer a sua experiência em termos de identificação e recolha de provas às autoridades ucranianas chegou na manhã de hoje [segunda-feira] à Ucrânia”, afirmaram, por sua vez, num comunicado conjunto os ministérios do Interior, da Justiça e dos Negócios Estrangeiros de França.
“De acordo com as autoridades ucranianas, também poderão contribuir para a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI)”, referiu a nota.
Etienne de Poncins, por sua vez, acompanhou a sua mensagem com uma foto com cerca de quinze polícias em uniformes azuis, posando em frente a um camião branco do Instituto de Investigação Criminal da Polícia Militar [Gendarmerie] Nacional (IRCGN, em francês), no qual estava escrito “laboratório de ADN móvel”.
Esses polícias são “especialistas em cena de crime e identificação de vítimas“, disse o comunicado de imprensa dos ministérios franceses.
Acompanham também esta equipa dois médicos forenses que “poderão montar uma cadeia para examinar e identificar corpos“.
Na sexta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a França estava “a reunir provas” contra “crimes de guerra russos” na Ucrânia. Na ocasião, Macron anunciou o envio de polícias militares e de magistrados franceses para o país.