Um tribunal grego ordenou esta terça-feira “a interdição temporária da saída” de um navio russo com petróleo iraniano, apesar do levantamento da apreensão do navio, confiscado há semanas a pedido dos EUA.
A ordem judicial resultou desta vez de um pedido feito por uma sociedade grega de rebocadores, que reclama o seu dinheiro pela prestação de serviços, informou fonte judicial.
O tribunal ordenou a “apreensão preventiva” do petroleiro para permitir à empresa dos rebocadores garantir “os seus créditos financeiros” em relação à empresa que gere o navio russo, segundo a mesma fonte.
A decisão sucede a uma outra de sinal contrário, de um tribunal grego, que ordenava a restituição do petróleo ao Irão.
O navio foi apreendido em Karystos, um porto no sul da ilha grega de Eubée, a pedido dos EUA.
“O governo grego emitiu uma ordem neste sentido e agora estamos a assistir ao levantamento da apreensão do barco e a sua restituição ao seu proprietário”, tinham indicado hoje, mais cedo, em comunicado, as autoridades portuárias e marítimas do Irão.
Na quinta-feira, um governante grego tinha dito que um tribunal grego tinha “decidido que a carga deveria ser libertada”.
As autoridades gregas tinham inicialmente apreendido, em 19 de abril, ao largo da ilha Eubée o petroleiro russo Pegas, rebatizado dias depois Lana, devido às sanções europeias resultantes da invasão da Ucrânia pelas tropas russas.
Então tinha sido noticiado que o petroleiro carregava 115 mil toneladas de petróleo iraniano.
Em 27 de maio, os Guardas da Revolução anunciaram a apreensão de dois petroleiros com pavilhão grego no Golfo, com os dirigentes gregos a falarem de retorsão pela apreensão do navio iraniano em abril.
O responsável grego disse na semana passada que tinha “esperança” que a decisão judicial de libertar o petróleo iraniano conduzisse à libertação pelo Irão destes dois navios gregos.