Uma petição em defesa do Aeroporto de Beja e da criação de acessibilidades da infraestrutura reúne mais de 2.000 assinaturas e os promotores querem atingir as 7.500 para que seja debatida em plenário da Assembleia da República.
“É importante conseguirmos 7.500 assinaturas ou até 10 mil para que a petição possa ser entregue na Assembleia da República e discutida em plenário”, disse hoje à agência Lusa Manuel Valadas, da plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja.
Promovida por esta plataforma cidadã, a petição, intitulada “Sim! O Aeroporto de Beja é parte da solução”, foi lançada há cerca de duas semanas e já foi aceite e registada pelo Serviço de Petições da Assembleia da República.
Apelando à subscrição do documento, Manuel Valadas sublinhou que os promotores pretendem “conseguir que o Alentejo, de uma vez por todas, se mostre solidário” com a defesa da infraestrutura aeroportuária alentejana e das suas acessibilidades.
“Queremos muito atingir um número de assinaturas consideravelmente importante” para tornar esta petição numa “ferramenta fundamental” para o trabalho de defesa do Aeroporto de Beja, assinalou.
O responsável salientou que a petição, além de exigir que o aeroporto alentejano seja considerado “uma solução” para o país, pede também que sejam criadas acessibilidades para que a infraestrutura possa funcionar.
“O Aeroporto de Beja não vai funcionar se não tiver a ferrovia, porque não permite chegar em 45 minutos ao Algarve e nem à volta de 50 minutos a Lisboa”, sustentou.
Esta plataforma cidadã realizou, na semana passada, uma reunião com a Comissão Técnica Independente (CTI), que será responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa.
No encontro, de acordo com Manuel Valadas, a plataforma cidadã ficou a saber que a CTI vai visitar a infraestrutura aeroportuária alentejana, no final deste mês, para aferir no terreno as suas condições.
Em entrevista à Lusa, em 28 de janeiro, uma das coordenadoras da CTI, a professora Rosário Macário, revelou que Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, depois de propostas à comissão, que as vai analisar.
Criada no final do ano passado, a CTI está a ouvir “todas as entidades com relevância para o assunto” para chegar a um conjunto de critérios que “servirão para analisar as várias hipóteses”, explicou, então, Rosário Macário.
O porta-voz da plataforma revelou, anteriormente, que a estrutura entregou um memorando, com “mais de 300 páginas”, à CTI, no qual apresenta os seus argumentos em defesa da infraestrutura alentejana como “solução sustentável” para o país.