A pirataria, os piratas e as histórias que povoam o nosso imaginário com salteadores dos sete mares são o mote escolhido para três dias de sonho e fantasia que Olhão propõe, entre 19 e 21 de Agosto, para a frente ribeirinha da cidade.
Não se trata de uma feira, nem de um mercado, nem de um certame ou simples evento. É um convite a viver por dentro a alma de uma terra de maresia e marinheiros tomada de assalto por piratas, mercadores, soldados e vendedeiras, e tolhida por multidões de marinheiros, carregadores e gentes de outras sortes típicas do século XVIII.
À beira-mar se vive e à beira-mar se fazem as naus às ondas do imenso azul, por entre fábulas e lendas e verisímeis histórias de encantar. Num ambiente de bulício e azáfama mercantil de um cais assoberbado pela populaça e pelas vidas de quem está num tempo diverso, vivido no nosso tempo, num convite a deixar-se levar pela arte de imaginar.
Estes piratas não são nem bons nem maus, são um misto de admiração e medo e pouco nos surpreende que tenham gerado tantos mitos e lendas.
Navegando entre a fantasia e a realidade, a Companhia de Teatro Viv’Arte iça as perspicazes velas do engenho e da arte fazendo reviver a época dourada da pirataria.
Nesta fronteira, entre a fantasia e a realidade, encontra-se um equilíbrio que satisfaz por um lado o rigoroso apuro da recriação histórica e por outro a lúdica recreação das nossas fantasias.
A proposta de trabalho assenta essencialmente na compilação teatralizada de episódios da vida de D. João V, aliando a partilha do rigor histórico com a fantasia e criatividade, os actores vestirão as diferentes personagens, fruto de estereótipos da época.
Uma viagem no tempo repleta de pedagogia, diversão e humor, que satisfaz por um lado as necessidades de partilha da história local e por outro integra e harmoniza as instituições locais através de um trabalho de cooperação que a Câmara de Olhão, dirigida por António Pina, promete inovar e deslumbrar quem escolha a cidade cubista para piratear durante estes três dias.