Ao longo das últimas semanas, muito se tem falado do estágio de um foguetão da SpaceX que está em rota de colisão com a Lua e irá atingir o lado oculto a 4 de março. A colisão é inevitável, a data é certa, mas novos dados indicam que, afinal, o objeto errante parece ser proveniente de uma missão espacial da China e não da SpaceX.
O astrónomo Bill Gray, responsável pelo “Projeto Plutão” – que monitoriza pequenos objetos próximos da Terra -, foi quem reportou que o fragmento que irá colidir com a Lua era parte de um foguete Falcon 9, da empresa detida por Elon Musk, lançado em 2015 para colocar em órbita o satélite de observação climática Deep Space Climate Observatory (DSCOVR).
Só que, este sábado, Bill Gray corrigiu a informação no seu blogue. “Identifiquei (erradamente) esse objeto como o segundo estágio do foguete que lançou a missão DSCVR”, começa por reconhecer o astrónomo.
Agora, diz o astrónomo, surgiram “boas evidências” de que se trata de uma parte do foguete chinês Long March 3C, que em 2014 impulsionou a missão lunar Chang’e 5-T1.
“No entanto, ainda atingirá a Lua a poucos quilómetros do local previsto a 4 de março de 2022”, assegura o mentor do “Projeto Plutão”.
Gray deu conta do erro quando recebeu um e-mail de Jon Giorgini, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a questionar os cálculos que o levaram a concluir que se tratava de lixo espacial da Space X.
Foi então que o astrónomo refez os cálculos e percebeu que o fragmento não era proveniente de um foguete Falcon 9.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL