Hoje em dia, felizmente já sabemos que os bebés amamentados têm uma menor probabilidade de vir a sofrer de obesidade mais tarde na vida.
O leite da vaca tem como objectivo aumentar cerca de 1um quilograma por dia o bezerro em crescimento, ou seja, cerca de 40 vezes a taxa de crescimento dos bebés humanos. (Am J Hum Biol.2012)
Todos nós sabemos que o alimento perfeito para os seres humanos é o leite materno. Notavelmente, entre todas as espécies de mamíferos, o teor de proteína do leite humano é o que apresenta uma das percentagens mais baixas ( J Obes.2012).
É o facto do bebé precisar de uma ingestão proteica tão baixa que levou a suspeitar da associação entre o teor excessivo de proteína presente na fórmula à base de leite de vaca e a obesidade numa fase mais avançada da vida da criança.
Com a agravante que em vez da criança ser desmamada do ‘leite de outra espécie’ à medida que cresce, como seria de esperar em qualquer espécie, ela (nós) continua a beber leite.
A questão, portanto, é:
Será que o consumo de uma substância promotora de crescimento de outra espécie durante a infância altera fundamentalmente os processos de crescimento e maturação dos humanos?
Parece que sim!
Um estudo da Universidade Indiana, por exemplo, encontrou evidências de que um maior consumo de leite de vaca está associado a um maior risco da criança entrar na puberdade prematuramente (Plos One.2011).
As raparigas que bebem muito leite começam a ter a menstruação mais cedo. Como tal, o consumo de leite entre espécies e a sua ingestão na infância pode desencadear consequências graves para a saúde (e algumas ainda desconhecidas) (Am J Hum Biol.2012).
Somente o leite humano permite a programação metabólica apropriada e protege contra doenças da civilização mais tarde na vida, enquanto que o consumo do leite de vaca e de outros produtos lácteos durante a adolescência e a idade adulta é um comportamento evolutivamente novo que pode ter efeitos adversos a longo prazo na saúde (Nutr J.2013).
O adolescente exposto a proteínas lácteas, como a caseína, leite desnatado ou soro de leite, experimenta um aumento significativo no IMC (índice de massa corporal) e na circunferência da cintura em comparação com o grupo controle (J Nutr.2012).
Em contraste, nem um único estudo financiado pela indústria dos lacticínios encontrou um resultado desfavorável ao leite (Physiol Behav.2012).
O chefe do Centro de Prevenção de Obesidade do Hospital Infantil de Boston e presidente do departamento de nutrição de Harvard escreveu ao JAMA’s Pediatrics Journal questionando o papel do leite de vaca na nutrição humana (JAMA Pediatr.2013).
Em resposta afirmaram que:
“os seres humanos não têm necessidade de consumir leite de outros animais. Na verdade, o leite pode até mesmo desempenhar um papel nocivo em determinados tipos de cancro.”
Informa-te e toma controlo da tua saúde!