Cada vez mais a comunicação e marketing são essenciais na divulgação e na promoção dos produtos, sejam eles de que natureza forem.
Isto para dizer que uma Região como o Algarve, que vive essencialmente do Turismo tem que ser muito bem promovida, em todas as áreas e em todas as frentes.
Falo na promoção dos eventos, onde normalmente os mais distraídos e com pouca sensibilidade para as coisas entendem que tudo isso é uma despesa e não um investimento.
Coisa mais errada.
Cada produto deve ser trabalhado de modo a chegar ao consumidor final, de uma forma simples e verdadeira.
Para além da “embalagem”, o conteúdo deve ser de referência positiva e não falso.
O Algarve não deve vender gato por lebre.
Todos nós sabemos que o importante é que nos mercados emissores exista uma imagem muito positiva da Região, e isso é meio caminho andado para a procurarem, e nesse sentido, usufruírem deste destino fantástico.
Sim, porque não chega dizermos que somos muitos bons, o importante é que os outros saibam e sintam isso mesmo de modo a cá virem.
Cada vez mais a concorrência turística é mais forte.
Com a abertura de novos mercados, e com abertura de novas rotas desde toda a Europa, esses continuam a ser para nós os principais mercados, mas dizia eu que as novas rotas abertas para vários países até agora pouco visitados, e alguns até desconhecidos, é evidente que vai diminuir o número daqueles que normalmente visitavam o Algarve.
Esta é uma realidade que nos vai bater à porta, já que andamos adormecidos no que a promoção da região diz respeito.
Mas a montante dessa promoção importantíssima, está o essencial, ou seja a requalificação e a estruturação do produto turístico, porque sem esse trabalho de fundo pouco ou nada se resolve.
Aqui, mais uma vez, vem ao de cima as fragilidades com as questões já mais que diagnosticadas e sem efeitos práticos.
Muita gente que podia e devia ser mais interventiva e exigente, estão demasiado acomodados aos seus lugares e aos interesses de quem lhes garante esses mesmos lugares.
Tudo muito pouco interventivo como dá jeito.
Este Algarve está cada vez mais omisso e isso não é nada bom para o Futuro da Região.
Mas, voltando à promoção e partindo do princípio que se vai apostar forte na estruturação do produto, deve a mesma ser agressiva e acertiva.
Estive recentemente em MADRID Fitur uma das 3 feiras de turismo mais importantes do mundo, e aí dá para perceber a diferença clara de como se promove e de como apenas se está presente.
Duas formas bem diferentes, e para isso bastava olhar para os stands que estavam à volta do stand de Portugal.
Para o melhor destino do mundo quase o pior stand da feira.
Se não fosse a forte presença empresarial, diria que o restante foi muito pobre.
Via-se promoção muito forte de outros países, em todo o lado.
No Metro, no Aeroporto, nos Autocarros, nos prédios, enfim, em todo o lado.
De Portugal, nada de nada.
Como eu gostava que as entidades oficiais estivessem sensibilizadas para estas coisas.
Cavalgam a onda mas não a alimentam, e qualquer dia a onda vira-se para outros mares, e depois toca a lamentos e a injustiças dizendo “ somos tão bons e vão todos para outros destinos”.
Pois vão sim, porque nós não os soubemos agarrar e fidelizar.
Esta abordagem, serve para todos aqueles que de uma forma ou de outra têm responsabilidades nestas áreas, quer a nível local, Regional ou Nacional.
Invistam cada vez mais na promoção, mas não se esqueçam de arrumar a casa.
Uma vinda, ou duas vindas ainda vai funcionando, mas a terceira ninguém faz visitas a casas que estão desorganizadas, e sem novas atrações.
Para tudo é preciso uma estratégia, e nestes casos devem reajustar-se aos três níveis que referi.
Em rede, em parceria, tudo funciona melhor.
Em Madrid gostava de ter visto mais do que vi.
Estavam alguns Municípios, mas faltaram outros que pela sua importância e proximidade mereciam e deviam lá estar.
Pensem nisso
O Algarve agradece!