Portugal regista hoje 209 mortes associadas à covid-19, mais 22 do que na quarta-feira, e 9.034 infetados (mais 783), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
No dia em que assinala um mês desde que o primeiro caso da doença foi detetado em Portugal, o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (107), seguida da região Centro (55), da região de Lisboa e Vale do Tejo (44) e do Algarve, que hoje regista três mortos.
Relativamente a quarta-feira, em que se registavam 187 mortes, hoje observou-se um aumento de 11,8% (mais 22).
De acordo com dados da DGS, há 9.034 casos confirmados, mais 783, um aumento de 9,5% face a quarta-feira.
Das 209 mortes registadas, 136 tinham mais de 80 anos, 45 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 18 entre os 60 e os 69 anos, oito entre os 50 e os 59 anos e dois óbitos entre os 40 aos 49 anos.
Das 9.034 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (7.992) está a recuperar em casa, 1.042 (mais 316, +43,5%) estão internadas, 240 (mais 10, +4,3%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (594), seguida do Porto (556 casos), Vila Nova de Gaia (418), Gondomar (373), Maia (361), Matosinhos (347), Braga (280), Valongo (275), Sintra (224) e Ovar (209).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 66.895 casos suspeitos, dos quais 4.958 aguardam resultado das análises.
O boletim epidemiológico indica também que há 52.903 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que 68 doentes (eram 43) recuperaram.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 5.338, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 2.207 casos, da região Centro (1.161), do Algarve (164) e do Alentejo, que hoje apresenta 59 casos.
Há ainda 57 pessoas infetadas com covid-19 nos Açores e 48 na Madeira.
A DGS regista ainda 21.798 contactos em vigilância pelas autoridades (mais 1.523).
Se tivermos em conta, novamente, os dados incompletos divulgados hoje pela DGS, no Algarve, no concelho Faro são identificados 32 casos em vez dos 37 de ontem, Albufeira teria menos 3 casos, Portimão teria menos 1 caso e Lagoa teria 3 casos em vez dos 4 casos confirmados há já vários dias. A DGS justifica que este quadro diário só corresponde a 79% dos casos confirmados.
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.651), seguida dos 50 aos 59 anos (1.630), dos 30 aos 39 anos (1.328) e dos 60 aos 69 anos (1.227).
Há ainda 115 casos de crianças com idades até aos nove anos, 219 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 896 com idades entre os 20 e os 29 anos.
Os dados indicam também que há 892 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.076 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 147 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 106 de França, 54 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 34 da Suíça, 29 de Itália, 18 de Andorra, 14 da Austrália, 13 dos Países Baixos, 13 do Brasil, 11 dos EUA, 10 Argentina, nove da Bélgica, sete da Alemanha, cinco do Canadá, quatro da Áustria e outros quatro de Cabo Verde.
O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.
Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela.
Segundo a DGS, 60% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 49% febre, 33% dores musculares, 28% cefaleias, 25% fraqueza generalizada e 19% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 78% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que viu hoje renovado até 17 de abril o estado de emergência, está já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
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