Se na semana passada falei de dúvidas e de incertezas, uma semana depois continuamos com as mesmas preocupações, mas ainda mais relevantes, o que obviamente não nos anima, mas antes pelo contrário, nos confunde.
Atentos às notícias, e procurando a partir daí dados que nos ajudem a pensar e a refletir como vai evoluindo a situação referente ao coronavírus, e o que sentimos é um misto de contradições entre o otimismo e o pessimismo, ou seja entre uma coisa e o seu contrário.
A cada minuto somos confrontados com novas regras, novas decisões, e também daquilo que percebemos, com dúvidas por parte de vários agentes no terreno.
O importante é mesmo decidirem, e bem, tendo como base o interesse colectivo e assim prevenir e irradiar este problema gravíssimo que afeta não só as pessoas, mas também a economia, não só do país, mas global.
O Presidente está em quarentena, e temos que acreditar que foi uma decisão que não foi tomada de ânimo leve, mas sim face aos interesses superiores do País.
Todos estamos preocupados com os familiares de pessoas infetadas que não sabemos se estão de quarentena, ou não?
Escolas e universidades fechadas?
Os alunos ficam em casa?
Hospital do Algarve preparadíssimo como foi dito, mas os doentes vão para Lisboa. Enfim um sem número de sinais que nos deixam mais confusos cada dia que passa.
Um registo positivo para todos os recursos humanos nos nossos hospitais, desde médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e pessoal auxiliar, que apesar das condições de trabalho, já degradadas que enfrentam todos os dias, tem tido uma capacidade de trabalho e de abordagem aos doentes que se sobrepõe ao normal.
A aceitação por parte de médicos, que estando reformados, já deram sinais que vão ajudar ao Serviço Nacional Saúde é outro registo positivo.
Neste momento todos nós devemos concentrarmo-nos em respeitar as medidas que estão em vigor com muita responsabilidade, e sermos também um fator de positividade, de modo a minimizar e contrariar outros fatores negativos que estão permanentemente a serem postos em alguns dos vários meios de informação, contribuindo assim para o circo mediático em que alguns sabem muito bem manobrar.
Porque a verdade, é que nestes estes dias difíceis que vivemos temos sido confrontados com notícias e decisões que nos confundem, tanto mais que devemos acreditar que quem decide, e tem o poder de o fazer, o faz no sentido de encontrar soluções e resolver os problemas o mais rápido possível, mas o que assistimos é a um jogo de palavras de caráter político onde cada um se quer mostrar e tirar o maior protagonismo possível, e daí uma questão simples mas objetiva: não é este um tema que deveria ser assumido por todos os partidos políticos em estreita colaboração com o governo, partindo do princípio que o mesmo já deu conhecimento aos mesmos, da real situação em que nos encontramos neste âmbito a nível nacional?
Quando todos se deviam unir num esforço colectivo e tentar remar para o mesmo lado não sentimos isso, e daí o meu apelo.
Não é altura de táticas políticas nem de esquemas de sobrevivência, quer ao nível de governo quer ao nível da oposição.
No futuro se verá quem fez bem o trabalho de casa de modo a evitar o caos, e aí se farão as análises para o futuro.
Pensem nisso.
O Algarve Agradece!