Miguel Sousa Tavares, jornalista, editor, escritor e comentador, na sua habitual crónica de opinião no Expresso revelou que vive em Olhão e falou sobre as obras da variante à EN 125 e a eletrificação de um pequeno troço da linha férrea do Algarve.
“Eu vivo no concelho de Olhão e, a menos que tenha andado notavelmente distraído, ainda não dei pelo início sequer das obras da variante à EN 125 que João Galamba garantiu estar terminada para o ano”, começa por referir Miguel Sousa Tavares.
O cronista explica que as obras da variante à EN 125 ainda não começaram, “o que é natural, visto que a portaria a abrir o respectivo concurso, há anos anunciado, só foi assinada no final de Outubro”.
Sobre a eletrificação em curso de um pequeno troço da linha férrea do Algarve, Miguel Sousa Tavares refere que “já vai com três anos de atraso e que, segundo o ministro, também estará finalmente concluída para o ano.”
Esta obra, segundo o cronista, “é aliás, um caso notável que deveria fazer corar de vergonha qualquer responsável pela pasta dos Transportes desde que a obra se iniciou: é que a sua simples electrificação no século XXI vai demorar mais tempo do que toda a sua construção — a qual, iniciada em 1903, levou menos de três anos a chegar de Portimão a Vila Real de Santo António”.
Miguel Sousa Tavares salienta ainda que “e, uma vez electrificada, a linha não acrescentará um só quilómetro a mais na estonteante velocidade média do trajecto, que anda à roda dos 45 km/h — o que faz um comboio percorrer a distância de 111 quilómetros entre Vila Real de Santo António e Lagos, num trajecto completamente plano e recto, limpo de obstáculos, no tempo ‘canhão’ de 3h15. Em 2023!”.
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