Apesar das centenas de pessoas voluntárias que realizaram testes de compatibilidade, não foi encontrado nenhum dador compatível a 100% para o pequeno e corajoso Miguel.
A campanha sensibilizou o país de uma ponta a outra e mobilizou vários grupos profissionais, desde da PSP, GNR, Ordem do Enfermeiros e até Sporting Clube Farense, entre outros.
Com o tempo a avançar, a progenitora realizou os testes necessários para perceber se o pequeno irmão de Miguel era compatível. Contudo, as más notícias chegaram: “Ontem [dia 22] foi o dia de se apagar essa luz. A confirmação que não queríamos ouvir chegou pelo telefone…O IRMÃO NÃO É COMPATIVEL COM O MIGUEL”.
O apelo feito por um casal de enfermeiros de Faro, no início de janeiro, sensibilizou o país inteiro: “Esta doença é rara e no caso do Miguel o transplante de medula óssea é a nossa única esperança”, explicava a mãe Sandra Venâncio Caeiro, na sua página de Facebook.
“O tempo urge e precisamos de encontrar um dador compatível”, acrescentava esta mãe desesperada, apelando “humildemente aos vossos corações para que se inscrevam como dadores, contactem o serviço de sangue do hospital da vossa área de residência, é como fazer umas análises normais”.
A mãe apelava que “partilhem este apelo desesperado para chegar ao maior número de pessoas possível” e assina como “uma mãe desesperada”.
Esta quinta-feira, a mãe informou que o pequeno Miguel recebeu a medula óssea “da mamã carregadinha de amor do papá”. Numa corrida contra o tempo para salvar a vida de Miguel, foi a própria mãe a doar a sua medula óssea – “um transplante com apenas 50% de compatibilidade”.
Felizmente e até agora, tanto a reação à transfusão de sangue como a recuperação inicial do menino corajoso estarão a correr bem, segundo depreende-se do testemunho da mãe dadora, que no dia do transplante deixou uma mensagem carregada de amor que está a sensibilizar as redes sociais: