Mais de 500 migrantes foram hoje resgatados em águas espanholas, dos quais mais de metade nas ilhas de Lanzarote, Gran Canária e Tenerife, segundo dados do Salvamento Marítimo de Espanha, existindo preocupação quanto à assistência humanitária nestas ilhas.
Além das Ilhas Canárias, as autoridades espanholas fizeram serviços de resgate em Alicante, Cádis, Almería, nas Ilhas Baleares e nas águas do Estreito de Gibraltar, num fim de semana “frenético” com a ajuda de barcos de salvamento, avançou a agência de notícias espanhola Efe.
Entre sábado e domingo, nas Ilhas Canárias foram registados 283 migrantes resgatados de oito embarcações, em Cádis foram 62 migrantes do Magreb, incluindo dois menores, nas águas perto da costa de Almería foram 57 pessoas que viajavam em dois barcos, em Alicante foram quase 60 imigrantes, entre eles um bebé e dois menores, e nas ilhas de Maiorca, Ibiza e Formentera foram 73 resgatados.
Nos últimos 15 dias, as Ilhas Canárias receberam mais de 2.000 migrantes, número que sobe para cerca de 8.100 se a contagem for feita desde o início do ano, o que representa oito vezes mais do que o número de pessoas que chegaram em barcos a estas ilhas no mesmo período de 2019, colocando em questão a limitação da assistência humanitária.
Este fluxo para as Ilhas Canárias, registado desde o verão, faz com que a situação comece a ser comparada com a “crise do cayuco” de 2006 a 2008, com um ritmo que, se se mantiver, pode fazer com que 2020 seja o segundo ou terceiro ano com mais chegadas de migrantes às ilhas do século XXI.