O fim de semana obrigou a várias intervenções das autoridades no encerramento de várias festas ilegais. Das cinco detetadas, uma delas na quinta-feira, por violação do dever geral de recolhimento, devido à covid-19, mais de 350 pessoas foram identificadas.
Uma das festas decorria numa quinta do concelho de Palmela, segundo o Comando Territorial de Setúbal da GNR. Os militares se deslocaram-se esta madrugada para o local, na sequência de uma denúncia.
Quando chegaram ao local, adiantou a GNR, os elementos da Guarda acabaram com a festa ilegal e identificaram as pessoas que participavam no evento, num total de 85 cidadãos.
Foram levantados autos de contraordenação por incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário e por inobservância das regras de realização de eventos, tendo também sido apreendidas três doses de cocaína.
Também esta madrugada, uma outra festa ilegal decorria numa vivenda do concelho de Sesimbra e a operação policial também foi realizada após uma denúncia, explicou a GNR, referindo que aqui foram identificaram 80 pessoas que estavam presentes no local.
Foram igualmente elaborados autos de contraordenação por incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário e por inobservância das regras de realização de eventos.
Estas operações policiais contaram com o reforço de Destacamento de Intervenção (DI) de Setúbal e da Unidade de Intervenção (UI) da GNR.
Mais de 70 pessoas em discoteca de Sintra
Já anteriormente, no sábado, a GNR acabou com uma festa ilegal com mais de 70 pessoas que decorria numa discoteca, em Sintra, em desrespeito às regras para combater a pandemia de covid-19.
Em comunicado, a GNR esclarece que na sequência de uma denúncia de que a discoteca estaria a funcionar, os militares deslocaram-se de imediato para o local, confirmando tratar-se de uma festa ilegal.
“No decorrer da ação, foi desencadeada uma operação policial para identificar as pessoas que se encontravam presentes e cessar o evento, tendo sido possível identificar 71 cidadãos em incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário”, referiu a nota.
Segundo a GNR, foram levantados os respetivos autos de contraordenação e apreendidas 22 doses de haxixe e cinco doses de metanfetaminas. As autoridades identificaram ainda o proprietário da discoteca, um homem de 33 anos, tendo os factos sido remetidos ao Tribunal Judicial de Sintra.
89 participantes em orgia com troca de casais
Também na madrugada de sábado, uma festa ilegal com 89 participantes foram surpreendidos pela PSD em Ermesinde, concelho de Valongo.
A intervenção da polícia surpreendeu homens e mulheres despidos e em plenas práticas sexuais de troca de companheiro num espaço que tinha como fachada um café.
A PSP mandou encerrar o estabelecimento onde o evento “swing” decorria e os 89 participantes foram todos identificados e alvo de um auto de contraordenação por “inobservância do dever geral de recolhimento domiciliário”, no âmbito das medidas de controlo da covid-19. Terão de pagar uma coima entre 100 e 200 euros.
O responsável do espaço, onde já funcionou um clube de diversão noturna e agora está registado como café, foi identificado e foi levantado um auto de contraordenação no âmbito da legislação que regula o funcionamento de estabelecimentos.
A operação policial foi efetuada cerca das 00:30, na sequência de denúncias feitas à PSP, e foi seguida de uma fiscalização rodoviária, que resultou na detenção de um condutor sem carta e na aplicação de três multas por violação das regras do Código da Estrada.
Festa de Erasmus juntou 30
A PSP identificou 30 estudantes em Coimbra, na madrugada desta quinta-feira, por estarem a participar numa festa de Erasmus, desrespeitando as regras do estado de emergência.
Por volta das 00.45 horas, a PSP teve conhecimento de que estaria a decorrer uma festa de estudantes de Erasmus na Couraça da Estrela, na Alta de Coimbra, desrespeitando “o atual estado de emergência”, afirmou o Comando Distrital, em nota de imprensa.
“Aí chegados, os polícias apuraram que no local se encontravam cerca de 70 indivíduos em convívio e, ao aperceberem-se da presença policial, a maioria colocou-se em fuga”, explicou a PSP.
Ainda assim, frisou a PSP, foi possível identificar 30 estudantes, tendo sido feito um auto de contraordenação para cada um, por “inobservância do dever geral de recolhimento domiciliário”.
Questionada pela agência Lusa, fonte do Comando Distrital da PSP de Coimbra referiu que a festa ocorria na rua e que não se detetou qualquer suspeita de outro tipo de crime.