A comunidade louletana prepara-se para receber mais uma Festa da Mãe Soberana, a maior manifestação religiosa a Sul de Fátima e uma marca identitária deste povo.
O evento divide-se em dois momentos separados por 15 dias, um período preenchido por diversas atividades eclesiásticas e culturais.
O Domingo de Páscoa, 31 de março, assinala o arranque das celebrações, com a realização da Festa Pequena.
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O programa litúrgico começa precisamente no Santuário, com a oração do Terço, a partir das 16:00. Por volta das 17:00, tem início a descida da Imagem da Nossa Senhora em procissão, levada em ombros pelos Homens do Andor, até à Igreja de S. Francisco. É aí que tem lugar a eucaristia solene que encerra a Festa Pequena.
No período que medeia as duas festas há um vasto programa litúrgico, primeiro na Igreja de S. Francisco (de 1 a 10 de abril) e depois na Igreja Matriz de Loulé (de 11 a 13).
Pela primeira vez, em 2023, a Matriz acolheu o andor da Padroeira, uma iniciativa que se reedita este ano. Até porque a Nossa Senhora da Piedade é a Padroeira de Loulé e, de acordo com a organização, faz todo o sentido que a sua presença se sinta nas duas paróquias: S. Sebastião e S. Clemente.
Acresce ainda o facto de a Igreja Matriz de Loulé ter sido recuperada recentemente e é agora um Monumento Nacional que merece ser visitado por fiéis, peregrinos e turistas. A procissão que levará a Nossa Senhora da Piedade de S. Francisco até à Matriz acontece na sexta-feira, dia 11, às 21h00.
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Na noite do dia 13, há um “clássico” destas celebrações, a romagem a cavalo do Clube Hípico, que presta homenagem à Nossa Senhora da Piedade, pelas 21:30.
Ao nível do programa cultural destaca-se o concerto “Mãe Soberana”, com Eduardo Ramos Trio (1 de abril, 21:00), e a Noite de Fados à Mãe da Piedade, com Vítor Viola e Teresa Viola (8 de abril, 21:00).
Mas é o dia 14 de abril que traz o momento mais significativo das celebrações, a Festa Grande que atrai à cidade milhares de fiéis vindos de vários pontos do país. A manhã será preenchida com a eucaristia na Matriz e a saída para o Lago do Monumento Engº Duarte Pacheco, local que acolhe, pelas 16:00, a missa campal e consagração à Nossa Senhora.
Já perto das 17:00, tem início a procissão que levará a Imagem da Padroeira de volta à sua Ermida, pontuada por momentos emotivos como a passagem em frente aos Paços do Concelho, à Igreja de S. Francisco ou ao Convento de Santo António.
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Ao longo do percurso, em que os Homens do Andor são acompanhados pela música da Banda Filarmónica Artistas de Minerva, serão muitas as “Vivas!” à Mãe dos louletanos.
O momento triunfal dar-se-á com a chegada ao topo do monte onde se localiza a pequena Ermida, após um percurso difícil para quem carrega o pesado andor e para todos os fiéis que o acompanham, sendo esta uma enorme demonstração de fé.
“As festividades da Mãe Soberana constituem uma tradição que data do século XVI e são hoje, além de um momento espantoso da fé cristã nesta terra, um dos principais roteiros do turismo religioso do país”, destaca a Câmara Municipal de Loulé.
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