A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos quer constituir uma equipa profissional de bombeiros.
Conforme explica em comunicado de imprensa, “ter em prevenção e alerta permanente uma força mínima de intervenção operacional composta por 14 bombeiros profissionais – de modo a cumprir as novas competências emergentes da Lei e das Directivas Operacionais da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e dar resposta cabal às ocorrências relacionadas com a prevenção e combate a incêndios, inundações e desabamentos, outras catástrofes naturais, bem como com a protecção da vida humana, incluindo a urgência pré-hospitalar e o transporte de doentes – é o objectivo da reformulação do Acordo de Colaboração aprovada na última reunião da Câmara Municipal de Lagos, realizada no passado dia 23 de Janeiro”.
“O crescimento da população residente no concelho, o aumento do parque edificado e o crescente número de visitantes, com o consequente aumento do número de ocorrências”, são razões igualmente apontadas pela associação na fundamentação da nova estratégia preconizada para o corpo de bombeiros, que pretende “aumentar para 48 elementos a unidade profissional de bombeiros, ou seja, o efectivo de bombeiros operacionais, assegurando assim uma resposta eficaz no tempo e na acção”.
Atendendo às atribuições e responsabilidades dos municípios em matéria de protecção civil e ao dever de cooperação dos corpos de bombeiros enquanto agentes de protecção civil, a Câmara Municipal e a Associação Humanitária consideraram “oportuno rever os termos do Acordo de Colaboração firmado em 2007, adaptando o articulado à realidade actual e reforçando o valor anual de comparticipação financeira, a fixar em 800 mil euros, podendo ser acrescido de subsídios excepcionais no montante máximo de 80 mil euros para a aquisição de viaturas, de equipamentos de socorro e de combate a incêndios que se revelem necessários”.
Na apresentação da proposta foi recordada “a importância do contingente de voluntários, que actualmente atingem os 90 elementos, mas que, ainda assim, não são suficientes para garantir a unidade mínima de intervenção 24 horas por dia e as exigências acrescidas colocadas, por exemplo, pelos alertas da ANPC”.
O novo acordo de colaboração apresentado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos será ainda apreciado pela Assembleia Municipal, uma vez que cabe a este órgão municipal a competência de emissão de autorização para a sua celebração.
(Stefanie Palma / Henrique Dias Freire)