Um jovem de 20 anos sofreu ferimentos graves, esta quarta-feira, com “queimaduras de primeiro e segundo grau” em 40% do corpo, quando tentava salvar a carrinha do avô no sítio da Várzea das Pedras, no concelho de Odemira.
O incêndio provocou quatro feridos, um deles grave, além de uma pessoa que foi assistida no local, revelou esta quinta-feira o comandante operacional distrital de Beja (CODIS) da Proteção Civil, Carlos Pica.
Num ‘briefing’ aos jornalistas, em Sabóia, onde estava instalado o posto de comando do combate ao fogo, o responsável explicou que o jovem de 20 anos que sofreu ferimentos graves, na quarta-feira, tem “queimaduras de primeiro e segundo grau” em 40% do corpo. Apesar dos esforços do jovem, a viatura acabou por arder.
Roberto Pereira, filho do acordeonista Fernando Pereira, foi assistido por elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e transportado para o hospital, já tinha adiantado à agência Lusa, na quarta-feira, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Além disso, houve três feridos ligeiros e “uma pessoa assistida”, acrescentou o comandante das operações de socorro, frisando: “São as tais ocorrências que temos nestes incêndios, que são as entorses, as más disposições e tudo mais”.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira e foi dominado esta quinta-feira, às 18:40, na zona de Sabóia, no concelho de Odemira, consumiu uma área estimada de 1.100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Proteção Civil.
“A área [ardida] que apurámos tem cerca de 1.100 hectares, com um perímetro estimado de 20 quilómetros”, disse esta quinta-feira o 2.º comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme Marcos, numa conferencia de imprensa em Sabóia, para fazer o ponto de situação do incêndio.
Segundo o responsável, as entidades competentes irão apurar a área final ardida, mas, de acordo com as previsões, “este incêndio tinha um potencial de dano que poderia chegar a cerca de 6.000 hectares”.
Pela área que se estima ter ardido, toda no concelho de Odemira, distrito de Beja, “dá para ver a intensidade do incêndio”, o “desempenho de excelência” e “a dificuldade que homens e mulheres tiveram para que chegássemos ao dia de hoje e a esta hora com o incêndio dominado”, frisou.