A criança de três anos que morreu em Setúbal, na sequência de alegados maus-tratos, estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) desde o primeiro mês de vida.
À comissão chegou um alerta com suspeitas de que a criança estaria exposta a comportamentos que afetariam o seu bem-estar e desenvolvimento.
A SIC sabe que a CPCJ avançou com o processo, nessa altura, e pediu o consentimento dos pais que, numa primeira fase, concordaram com o acompanhamento.
No entanto, os pais nunca chegaram a assinar o acordo de proteção sugerido pela comissão e faltaram várias vezes às audiências marcadas.
Sem conseguir formalizar o acordo, a CPCJ remeteu o processo para o Ministério Público em janeiro de 2020.
DÍVIDA ESTARÁ NA ORIGEM DOS CRIMES
A ama da menina de três anos que morreu em Setúbal foi detida, assim como o seu companheiro e a filha, anunciou hoje a Polícia Judiciária. São suspeitos de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão.
O casal, de 52 e 58 anos, terá emprestado dinheiro à mãe da criança e cometido os crimes até que a dívida fosse saldada.
Já a filha do casal, de 27 anos, ficou detida por omissão de auxílio, uma vez que terá assistido aos maus-tratos e nada fez.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) informa que os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL