Quem mais fala em liberdade oprime os outros.
Fala-se muito da cotação do ouro, mas a miséria no mundo não tem cotação.
Investiga-se a cura para a obesidade, mas não se olha para a fome em África.
Aposta-se nos transportes de alta velocidade, mas não se dá uma bicicleta a quem anda quilómetros a pé para ir buscar água.
É proibido circular a alta velocidade, mas não se proíbe a construção de carros de alta cilindrada muito velozes
Pune-se a falta de qualidade da alimentação à venda, mas permite-se a importação de arroz com arsénio da Índia.
Investiga-se a corrupção, mas não se acaba com os paraísos fiscais no mundo.
Morrem milhares de crianças à fome no mundo, parece não fazer mal, são filhos dos mais pobres.
Procura-se uma cura para o cancro, mas não se acaba com os herbicidas e pesticidas na agricultura.
Faltam escolas e hospitais, mas há esquadrilhas e frotas de sobra.
Fazem-se peditórios para mitigar a fome e a doença, mas gastam-se milhares de milhões em armamento.
Combate-se a migração ilegal, mas não se criam condições económicas nos países de origem para evitar essa migração.
Fala-se em Liberdade e Democracia, mas os órgãos de informação social só falam naquilo que não incomoda o Poder efectivo disseminado pelos poderosos.
Gastam-se biliões para desenvolver guerras e destruir o que existe e depois gastam-se outros biliões para reconstruir, pelo meio ficam a morte, a miséria e o sofrimento de quem é apanhado no meio da avarenta ganância de alguns.
Nunca ouvi falar em algum Povo que seja mau, pelo contrário só tenho ouvido falar na bondade e gentileza de cada Povo, pelo que deduzo que os únicos maus são os políticos gananciosos que estruturam as Sociedades de forma a perpetuarem o seu poder sobre os seus semelhantes.
Por vezes ouve-se dizer que o Homem não aprende nada com as crises e as guerras, eu digo que aprende muito para piorá-las.
Já não existem muralhas que impeçam guerras, só existem novas tecnologias para expandi-las.
Abundam os discursos sarcásticos a bem dizerem a paz, a igualdade, aparentemente contra a exploração dos pobres e da natureza, parecendo quererem mudar a sociedade humana para melhor, nada mais enganador. Esses discursos ‘adormecem’ os incautos e proporcionam rendimentos constantemente acrescidos a uma ínfima minoria.
O sucesso da espécie humana é proporcional à destruição da vida na Terra.