Quase uma semana e meia depois de o vulcão ter entrado em erupção na ilha de La Palma, a lava chegou na terça-feira à noite ao oceano.
As imagens captadas na área de Playa Nueva, mostram as nuvens de vapor que se formaram pelo contacto da lava com o mar, que tem estado a cair a partir de um penhasco com uma altura de 100 metros, na costa do município de Tazacorte.
A escuridão da noite não permite ver as colunas de vapor de água que supostamente se devem ter formado em resultado do choque térmico da lava com a água do mar, colunas que transportam gases que podem ser tóxicos para os olhos e pulmões e a pele. Mas constata-se um fumo negro, que faz parte do processo produzido pela queda da lava no mar.
Nos últimos dias, os cientistas que monitorizam a atividade do vulcão alertaram que este contacto com o mar poderia provocar explosões e nuvens de gases tóxicos, que serão prejudiciais à saúde humana. A população que mora na região foi, assim, aconselhada a procurar um lugar seguro e a afastar-se do exterior.
Depois da paragem na erupção na segunda-feira, o magma, segundo explicaram os especialistas, emergiu de zonas mais profundas, pelo que a lava está mais quente e se desloca com mais rapidez, especialmente nos últimos metros.
Os vulcanólogos advertiram nestes dias a população para que não se aproxime do rio de lava quando este entrar no mar, porque podem ocorrer novas explosões e intensificar-se o fumo com substâncias tóxicas para olhos, pulmões e pele.
Ativo há mais de uma semana, já destruiu mais de 500 edifícios, desalojou mais de 6 mil pessoas e arrasou plantações de banana, fonte de rendimento para parte dos 83 mil habitantes da ilha.
A ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, já foi classificada como zona de desastre. Esta terça-feira, o Governo espanhol aprovou um pacote de ajuda de 10,5 milhões de euros para a compra de habitações e bens de primeira necessidade para as pessoas afetadas pelo vulcão Cumbre Vieja.
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