Maria Odete Gomes, de 80 anos, sofreu uma pancreatite em outubro do ano passado. Deu entrada na Urgência do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) onde esteve internada mais de uma semana. Foi para casa com indicação de que seria referenciada para uma cirurgia de retirada da vesícula.
O hospital chamou-a três vezes. A última vez, este mês, foi internada e no dia seguinte, já depois de anestesiada, informaram-na que não seria operada, porque tinha surgido um caso urgente. A família fez reclamação no hospital, revela o Correio da Manhã.
Um familiar contou à mesma fonte que “das três vezes foi ao hospital e quando lá chegou disseram-lhe que não podiam operá-la, pois não podia ser em ambulatório, teria de ficar internada e não tinham vaga”.
O hospital esclarece que a utente não reside na área de influência da unidade, sendo seguida noutro hospital do SNS da região de Lisboa.
“Os cancelamentos/reagendamentos da cirurgia resultaram de alteração da abordagem cirúrgica, de greve e prolongamento da cirurgia do tempo operatório anterior”. Foram emitidos vales cirúrgicos, “não tendo os mesmos sido aceites.”
A cirurgia foi remarcada para esta quarta-feira, mas foi recusada pela família porque quer voltar ao hospital da área de residência.