O Continente comprou mais de 71 milhões de euros à produção nacional para ajudar o setor a escoar os produtos nesta fase da pandemia covid-19, anunciou hoje aquela cadeia de hipermercados.
Com o objetivo de ajudar a produção nacional no escoamento de produtos, entre janeiro e março, o Continente comprou mais de 71,3 milhões de euros em produtos nacionais, anunciou a empresa, ao referir que adquiriu mais cinco milhões de euros em bens agroalimentares no 1.º trimestre de 2020 do que no ano anterior.
No segmento frutas e legumes, um dos que mais procura registou durante a pandemia do novo coronavírus, as compras nacionais representaram um crescimento superior a quatro milhões de euros em relação a 2019, superando os 28 milhões de euros.
Desde a chegada do novo coronavírus a Portugal, o Continente contactou proativamente produtores de carne e associações do setor para escoamento do excesso de produção e adquiriu mais 1.500 toneladas de carne nacional nos três primeiros meses deste ano do que em 2019, o que representa 37 milhões de euros e um peso de 80% no total de compras neste segmento, aponta a empresa.
Na carne de bovino, especificamente, a marca triplicou o valor comprado a produtores nacionais e, do total de frango disponível nas lojas, 92% é de origem nacional.
Já o pescado é adquirido diariamente em 14 lotas portuguesas e, em 2020, essas compras já atingiram um volume superior a 550 toneladas, salienta a mesma nota.
Segundo a empresa, as compras de espécies como robalo, dourada, pregado e truta a projetos nacionais de aquacultura aumentaram em mais de 50%.
O Continente informa que este valor continuará a crescer, uma vez que a empresa está a participar no desenvolvimento de um projeto de aquacultura nacional, que produzirá cerca de 1.200 toneladas de dourada portuguesa a partir do 2.º trimestre do ano.
Em duas semanas, a marca integrou também 40 novos membros no Clube de Produtores Continente (CPC), uma estrutura de apoio à produção agropecuária portuguesa.
O CPC criou ainda um programa de pagamentos antecipados aos pequenos produtores para ajudá-los nas suas condições de tesouraria.
“Precisamos de apoiar, de um modo sustentado, aqueles que sentem mais de perto os efeitos de uma crise de dimensões ainda por definir. Tudo isto, salvaguardando naturalmente os rigorosos procedimentos de qualidade e segurança alimentar dos produtos que comercializamos”, afirmou a presidente do Clube de Produtores Continente, Ondina Afonso, citada na nota de imprensa.
As vendas de produtos portugueses nas lojas Continente têm aumentado progressivamente, refere o comunicado, sendo que no último ano foram adquiridas mais de 160 mil toneladas de bens agroalimentares, entre os quais produtos exclusivos de origem certificada como as laranjas do Algarve, maçãs de Alcobaça e da Beira Alta ou a pera rocha do Oeste.