O fogo que deflagrou hoje à tarde em Monchique consumiu pequenas estruturas de apoio agrícola e lavra com maior intensidade em Portimão, colocando habitações em risco, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Monchique.
O incêndio, que teve início na zona do Tojeiro, freguesia de Marmelete, concelho de Monchique (distrito de Faro), estava às 19:10 a ser combatido por 312 operacionais, apoiados por 97 viaturas e sete meios aéreos, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
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Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Monchique, Rui André, referiu que a situação no seu concelho é neste momento “mais tranquila”, estando os meios concentrados no município vizinho de Portimão, onde as chamas “consomem um armazém de resíduos e estão próximas de habitações”.
“O fogo continua a lavrar numa área muito grande, evoluiu muito. Foi necessário afetar meios junto das populações e neste momento a maior preocupação é em Portimão, junto ao autódromo”, referiu.
No que diz respeito ao concelho de Monchique, o autarca referiu que não existem habitações em risco, tendo o fogo consumido apenas “pequenas estruturas de apoio agrícola”.
“Casas agrícolas de apoio, barracas, pequenas construções. Nada de grave. As coisas estão mais tranquilas, embora estejamos vigilantes e com a intervenção de máquinas de rastro estamos a conseguir travar o avanço das chamas”, explicou.
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A Lusa contactou a presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, mas esta remeteu um ponto de situação para uma conferência de imprensa que irá realizar-se pelas 19:30 no Autódromo Internacional do Algarve.
No concelho de Portimão, o incêndio já obrigou esta tarde à evacuação de, pelo menos, duas casas e de um lar de idosos, segundo disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Faro.
Fogo obriga a retirar cerca de 30 pessoas e põe em perigo localidades
O fogo obrigou a deslocar 30 pessoas e ameaça localidades como Vidigal Velho ou Alcalar, segundo um balanço da Proteção Civil.
Em conferência de imprensa no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, o comandante operacional Distrital de Faro da Proteção Civil, Richard Marques, disse que o incêndio se estende em duas frentes, uma a norte, no concelho de Monchique, menos preocupante porque não tem habitações em risco, e outra a sul, esta mais preocupante por haver vários aglomerados populacionais.
Combatem as chamas 317 operacionais, com 97 veículos e sete meios aéreos, de acordo com o balanço realizado pouco depois das 19:30.
Segundo o comandante, foram deslocadas 30 pessoas para Portimão, por medida de precaução, 12 delas de um lar não licenciado na localidade de Pereira, Mexilhoeira Grande, e as restantes de “duas a três habitações”.
O incêndio, que deflagrou depois das 13:00, tem “uma dimensão significativa” que obrigou à dispersão de meios, acrescentou.
O vento, explicou, está a ser o maior desafio no combate ao fogo.
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