A greve dos maquinistas da CP obrigou esta sexta-feira a suprimir 56 comboios dos 263 programados entre as 00:00 e as 08:00, tendo-se efetuado 207, segundo os dados enviados pela empresa à agência Lusa.
A CP – Comboios de Portugal indica que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 22 ligações (33%) e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 23 (20%).
Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 62 e apenas seis circularam e nos urbanos de Coimbra dos oito previstos cumpriram-se apenas quatro.
No que diz respeito aos comboios de longo curso, apenas foi cumprida uma ligação das 12 programadas até às 08:00.
Os trabalhadores iniciaram às 00:00 de dia 10 uma greve de 24 horas à prestação de todo e qualquer trabalho das categorias representadas pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), com efeitos às últimas horas do dia 09 e às primeiras horas do dia 11.
Desde as 00:00 de dia 11 e até às 23:59 de hoje, a greve abrange a prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e meia, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico.
Também até final do dia de hoje, nas categorias de Maquinista e Maquinista Técnico, os trabalhadores fazem greve a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00:00 e as 06:00.
Igualmente até final do dia de hoje estão também em greve (desde as 00:00 de dia 14) os trabalhadores das categorias de Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração, a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas.
A paralisação foi convocada em protesto contra a última proposta da empresa de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89% e que a estrutura sindical considera “claramente inaceitáveis”.
O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.
Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.