O Festival MED, que deveria acontecer na zona histórica de Loulé entre os dias 25 e 28 de junho, não vai realizar-se este ano devido à incerteza quanto à evolução da pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Câmara de Loulé adianta que a realização da 17.ª edição do evento ainda foi ponderada, tendo, no entanto, sido “decidido cancelar o festival, face à imprevisibilidade do términus desta pandemia”.
Assim, a nova edição do festival, que no ano passado levou a Loulé nomes como Dhafer Youssef, Eneida Marta, Francisco el Hombre, Los de Abajo e DJ Riot, fica “agendada para o final de junho do próximo ano”.
Segundo a autarquia, a decisão foi tomada “visto tratar-se de uma data não muito distante, numa altura em que a situação no país e no mundo poderá ainda não estar controlada”, tendo em conta que participação dos artistas também poderia estar comprometida.
“Uma vez que o Festival MED conta todos os anos com um cartaz que integra artistas de vários pontos do globo, a participação de alguns destes protagonistas da área da ‘world music’ poderia estar comprometida”, prossegue a nota.
O Festival MED, que conta habitualmente com vários palcos espalhados pela zona histórica de Loulé, é um dos principais eventos musicais realizados na região sul do país.
O primeiro grande festival de verão português a anunciar alterações à programação foi o Primavera Sound, previsto para decorrer no Porto entre 11 e 13 de junho e que foi adiado para 03, 04 e 05 de setembro.
Por seu lado, o Festival Músicas do Mundo, de Sines, também cancelou a edição de 2020.
A 9.ª edição do festival Rock in Rio Lisboa, que deveria acontecer nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho, foi também adiada um ano, devido à pandemia da covid-19, anunciou na semana passada a organização.
Mais a Norte, o Barroselas Metalfest, que iria acontecer entre 29 de abril e 02 de maio, passou para a mesma data, mas em 2021.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.