Miguel Hugo Cruz (texto) e Luís Forra (fotos), da agência Lusa
Expectativa e ansiedade são os sentimentos que dominam a família Teixeira a dias de receber os peregrinos que vão acolher em casa, em Tavira, na semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude.
Décia e Alberto Teixeira e a filha Carolina, acompanhada pelo namorado, receberam a agência Lusa em casa, na cidade algarvia, e reconheceram que a ansiedade é ainda maior por não terem qualquer informação sobre os peregrinos que vão receber e que vão passar cerca de uma semana no Algarve, antes de viajarem para Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre entre 01 e 06 de agosto.
“Em princípio serão duas pessoas, jovens, mas não sabemos ainda a idade, nem nacionalidade, vai ser tudo novo, mesmo”, afirmou Décia Teixeira, assegurando que toda a família está “expectante” para que comece a semana de acolhimento, entre 26 e 31 de julho, e “ansiosa para conhecer as pessoas”, saber se estão bem e se o acolhimento proporcionado corresponde às expectativas.
Décia Teixeira garantiu, no entanto, independentemente de quem forem as pessoas, da nacionalidade ou cultura, o acolhimento será feito com “amor, afeto e carinho”,
“Vai ser uma descoberta que nos vai permitir ter mais conhecimento, ter contacto com novas culturas, criar novos laços, novas amizades e dar a conhecer a nossa cultura”, disse.
O objetivo, acrescentou o marido, passa por “dar o que se tem de melhor e contribuir para um evento como a JMJ”.
Alberto Teixeira recordou que a iniciativa conta com “participantes de todo o mundo” e precisa de “pessoas que saibam e possam acolher” os visitantes, antes de se deslocarem para Lisboa para assistir à JMJ, que contará com a presença do Papa Francisco.
Acolhimento dos peregrinos de “coração aberto”
“Achámos que seríamos boas pessoas para isso”, completou a filha Carolina, sublinhando que será a primeira vez que participa numa JMJ e que a família encara o acolhimento dos peregrinos de “coração aberto”.
Décia Teixeira contou ainda que os peregrinos que vão acolher dormirão na casa da família, mas irão passar os dias em atividades já planeadas na região.
No dia 31, os peregrinos que ficam no Algarve na semana anterior à JMJ vão concentrar-se para viajarem em conjunto até Lisboa.
“Será dado o pequeno-almoço, tomarão o seu banho e depois serão conduzidos a um local onde se vão encontrar com todos os outros jovens que vieram participar na JMJ”, referiu.
Nos dias anteriores, “têm atividades já programadas, têm os almoços e os jantares, e à noite, a determinada hora, vão ser recolhidos para os transportar de volta para casa”, acrescentou.
Contudo, segundo Carolina Teixeira, caso os anfitriões queiram poderão acompanhar os peregrinos “o dia todo” para “aprofundar a ligação com essas pessoas”.
“Além de dispor da casa, é preciso ter boa vontade para ajudar, para acolher, para que se sintam bem e passem uma semana tranquila, em que corra tudo bem”, afirmou, em jeito de desejo, Décia Teixeira, que quis dar o seu contributo para a JMJ, apesar de não se deslocar depois a Lisboa, por razões de trabalho.