Ghislaine Maxwell foi condenada esta terça-feira a 20 anos de prisão por aliciar raparigas adolescentes para serem abusadas sexualmente pelo antigo namorado e milionário Jeffrey Epstein, segundo uma notícia adiantada pelo jornal britânico “The Guardian”.
Maxwell foi declarada culpada, em dezembro, de cinco de seis acusações que lhe foram feitas pelo Ministério Público. As acusações estão relacionadas com a exploração sexual de raparigas de 14 anos.
Maxwell e Epstein ostentavam as suas riquezas e ligações com pessoas proeminentes para preparar raparigas vulneráveis e depois explorá-las. Os crimes ocorreram quando o casal convivia com algumas das pessoas mais famosas do mundo, incluindo os ex-Presidentes norte-americanos Bill Clinton e Donald Trump.
A defesa da antiga colaboradora de Epstein alegou, num documento entregue ao Tribunal federal de Manhattan, em Nova Iorque, que a britânica enfrentou ameaças de morte e condições adversas na prisão, onde perdeu cabelo e peso. Também disse que Maxwell, de 60 anos, não devia passar mais de cinco anos na prisão.
O Ministério Público argumentou, por outro lado, que Maxwell desempenhou um “papel instrumental no horrível abuso sexual de várias adolescentes”, entre 1994 e 2004, em algumas das casas de Epstein nos estados da Florida, de Nova Iorque e do Novo México. Os procuradores pediram um pena de entre 30 a 55 anos de prisão para a britânica.
Jeffrey Epstein foi detido em 2006 na Florida, num caso de abuso sexual de crianças, mas acabou por se suicidar na prisão em 2019, antes de ir a julgamento.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL, com Lusa