O emblemático Farol de Sagres, situado em Vila do Bispo, encontra-se encerrado há mais de um mês, como é descrito em reportagem da SIC, deixando uma dezena de funcionários sem emprego em pleno verão. O encerramento abrupto, motivado por obras de melhoramento em curso, interrompeu as visitas a este monumento amplamente visitado em Portugal.
O aviso de desocupação dos espaços foi afixado no dia 1 de agosto, e desde então, o farol permanece indisponível ao público.
Esta súbita interrupção das operações deixou funcionários e empresários locais surpreendidos, incluindo Pedro Domingos, que detinha a concessão dos espaços de cafetaria e loja adjacente ao museu.
Pedro Domingos afirma, em conversa com a SIC, que não foi informado antecipadamente sobre as obras e sublinha que sempre cumpriu os pagamentos devidos.
Até ao momento, a Autoridade Marítima Nacional não definiu uma data para a reabertura do Farol de Sagres.
Além disso, não está em curso qualquer procedimento para a concessão dos espaços afetados pelas obras de melhoria.
O Farol de Sagres é uma estrutura singular, com um aparelho óptico considerado uma hiper-radiante, sendo um dos poucos em funcionamento em todo o mundo.
A história deste farol remonta a 1846, quando D. Maria II ordenou a sua construção.
O aparelho iluminante original era composto por dezasseis candeeiros de Argand com refletores parabólicos, que funcionavam a azeite.
O seu mecanismo de rotação era operado através de um sistema de relojoaria.
Ao longo dos anos, o Farol de Sagres sofreu diversas tentativas de reconstrução que nunca foram definitivamente concluídas. Em 1865, encontrava-se em estado deplorável, segundo relatos da época.
Este encerramento temporário do Farol de Sagres destaca as implicações económicas e sociais das obras de melhoria em locais de interesse histórico e cultural, enquanto se aguarda ansiosamente pela sua reabertura aos visitantes.
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