Em declarações à TSF, o empresário, com investimentos no Algarve em diversas atividades económicas, – turismo, construção e transportes – apontou concretamente o espetáculo do campo pequeno onde ambos os responsáveis estiveram presentes.
“Enquanto pediam aos portugueses medidas de contenção recomendando que ficassem em casa, os chefes de Estado e do Governo, decidiram – por razões que certamente não seriam as suas intenções – dar um mau exemplo ao país” – disse.
Fernando Tavares Pereira criticou também os responsáveis políticos pelo facto de não terem adiado as suas iniciativas partidárias, como convenções, congressos e outros encontros que podiam ter sido marcados para outra ocasião.
Estes exemplos servem, na opinião do empresário, como sinais errados enviados à sociedade, ajudando a precipitar a terceira vaga e o agravamento da situação pandémica , “porque se passou a ideia de que tudo era fácil e permitido”.
A juntar a isso, as restrições adoptadas no Natal e na passagem de ano, revelaram-se insuficientes, obrigando a medidas mais rigorosas para conter a situação grave que o país enfrenta.
“Nada disto devia ter acontecido”, enfatizou Tavares Pereira que criticou igualmente “os apoios financeiros” que não chegam, de igual modo, a todas às empresas que “estão asfixiadas”.
E rematou: “Se essas pessoas que decidem tivessem empresas e responsabilidades como as que temos, não fariam o que estão a fazer, pois, estão a matar-nos a cada dia que passa”.