A empresa dedica-se à construção de navios em fibra de vidro, desde barcos de pesca e turismo marítimo, a embarcações para transporte de passageiros, defesa, aquacultura, lanchas piloto, até barcos para investigação e barcos-casa. “Ao longo destas mais de três décadas, já construímos mais de 300 embarcações, o que nos permitiu ter contacto com diversos tipos de embarcações, que atuam em diferentes atividades marítimas ou fluviais”, afirma Rui Roque, CEO da empresa naval algarvia, a Nautiber, segundo cita o Jornal de Negócios.
A Nautiber, uma empresa naval algarvia, que tem o seu estaleiro em Vila Real de Santo António, é conhecida como o “alfaiate dos barcos” porque fabrica embarcações à medida, adaptando-se às necessidades de cada cliente. O tipo de embarque mais procurado é definido pelo mercado, que dita os seus critérios.
Em 2023, a Nautiber, que emprega neste momento cerca de 70 pessoas, foi distinguida como a vencedora na categoria Revelação dos Prémios Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Novo Banco e do Jornal de Negócios, em parceria com a Iberinform Portugal.
A construção naval representa cerca de 95% do volume de negócios da empresa, que, em 2023, foi de 6,9 milhões de euros, com os restantes 5% a corresponder a reparações e modificações de embarcações. No que diz respeito à construção de novas embarcações em 2023, os barcos de pesca representaram 80% do total, enquanto os restantes 20% foram distribuídos entre embarcações de turismo marítimo, transporte e aquacultura. “Estas percentagens são relativas, visto que é o mercado que dita o tipo de embarcações mais procuradas. Atualmente, estamos a realizar muitos trabalhos para o setor da pesca nacional, devido aos apoios para a modernização da frota”, explica Rui Roque.
Rui Roque destaca como marcos importantes na história da empresa a construção do primeiro barco “Jasmim Flor”, as lanchas marítimas para a Guarda Nacional Republicana, que exigiram um salto tecnológico e técnico, e o primeiro barco construído para Angola, que continua a ser o principal mercado de exportação da Nautiber.
Em abril de 2021, a Nautiber entregou a sua primeira embarcação de apoio à investigação científica no mar, chamada “Mar Profundo”, encomendada pelo INESC-TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) do Porto. Segundo Rui Roque, “foi um desafio em termos tecnológicos que nos obrigou a criar novas competências e conhecimento, e poderá abrir mercado para novas construções, além de qualificar a mão-de-obra para este tipo de projetos”.
- Volume de negócios:
- 2022: 7,4 milhões de euros
- 2023: 6,9 milhões de euros
- Resultados líquidos:
- 2022: 132,2 mil euros
- 2023: 844,4 mil euros
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