“É a terceira vez que tenho de abandonar a minha casa e fugir com medo. Vi o fogo a 10 quilómetros, em direção à minha casa, a uma velocidade louca”, começou por dizer Isaurindo Martins à repórter da SIC Conceição Ribeiro.
O habitante de Castelos conta que foi com muita aflição que viu o fogo chegar perto de casa, na noite de terça-feira. Ainda conseguiu tirar os carros e levá-los para outro local.
Isaurindo diz que o facto de ter mandado limpar o terreno à volta da sua casa fez com que as chamas não se aproximassem muito. Com isto, sublinha a importância da limpeza dos terrenos para evitar catástrofes como esta.
Este ano, Isaurindo não só mandou limpar o seu terreno, como outras que se encontravam perto.
“AS PESSOAS LUTAM UMA VIDA INTEIRA PARA FICAREM SEM NADA”
Em declarações à SIC, Isaurindo Martins diz que o fogo consumiu zonas de pasto e mato. Muitas pessoas viram as oliveiras e alfarrobeiras serem destruídas pela força das chamas.
“É UM SUFOCO. O FUMO É TANTO QUE NÓS DEIXAMOS DE VER”
Daniela Martins fala em momentos de sufoco. Diz que a família teve de abandonar a casa perto das 22:00 e refugiar-se na casa de amigos. “Não há imagens de telemóvel ou televisão que expliquem aquilo que se vê a lho nu”, afirmou.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Castro Marim e que passou para os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira foi dominado por volta das 16:00, avançou o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro à SIC.
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