Enquanto organizadora de eventos obedeço a uma lei soberana muito simples: são os donos da festa que decidem como a querem. Respeitando tal premissa, tão básica quanto fácil de executar, tudo costuma desenrolar-se com uma perfeição quase idílica.
Enquanto escritora e pensadora, olho para imensas pessoas com uma incredulidade irreprimível. Sobretudo quando as vejo a deixar que sejam os outros a mandar naquilo que sentem.
Convenhamos: está sempre a acontecer! Vem um e faz-te sentir culpado. Chega outra e incute-te a insatisfação. Outros ainda instigam-te a inveja ou fazem nascer em ti aqueles nervos incontroláveis. Mais tarde dizem algo que te entristece ou fazem alguma coisa que te frustra e impacienta… Podia ficar nisto o dia todo, pois acontece com uma tal frequência e em tantos campos diferentes que os exemplos são infinitos.
Porque carga de água havemos de permitir que sejam os outros a determinar aquilo que nós sentimos???
Caramba, a vida é nossa, a festa é nossa; somos nós que lhe suportamos todos os sacrifícios e custos. Como podemos, por isso, deixar que venham os outros dizer o que se come aqui, o que se bebe aqui, o que se dança ou o que se ri aqui, na nossa festa? Como podemos deixar que sejam os outros a vir decidir a música que ouvimos dentro de nós?
A festa é tua, está bem?
A festa é tua e só deves sentir o que bem te apetecer, não o que os outros pretendem que sintas!
Lembra-te: a festa é tua!