Segundo Nuno Cardoso, secretário-geral da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) afirmou que as empresas associadas desenvolveram os seus próprios planos de contingência para responder a possíveis infeções internas causadas pelo novo coronavírus, com base nas recomendações dos organismos internacionais e as autoridades nacionais de saúde.
No entanto, não têm qualquer plano definido pelas autoridades de saúde, pelo que se mostram preocupados com a impossibilidade de assegurar o fornecimento de medicamentos ou dispositivos médicos, no caso de se verificar alguma situação de infeção, e apelam às autoridades, “nomeadamente à Direção-Geral da Saúde, para a adoção de um plano de contingência específico, em prol da saúde pública”, face ao surto de Covid-19, declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde.
“No que diz respeito ao plano de contingência, o que nos preocupa é que a nossa atividade assegura a continuidade de abastecimento, pelo que os nossos funcionários não podem parar a atividade. As nossas empresas adotaram planos com base nas recomendações, mas queremos que exista um plano de contingência específico das autoridades, para que no caso de infeção não seja colocada em causa a paragem de um armazém”, disse à Lusa.
Segundo o representante dos distribuidores, é fundamental “garantir uma atuação rápida e que os armazéns não sejam colocados em causa”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados, dos quais 69 estão internados.
A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.
O boletim divulgado hoje assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.