Os oito homens detidos na quinta-feira, alegadamente pertencentes a um grupo que desembarcou numa praia de Aljezur, no Algarve, vão ficar sob custódia do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), disse à Lusa fonte policial.
De acordo com uma fonte do Comando Distrital da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Faro, os homens foram ouvidos esta sexta-feira no Tribunal de Lagos e “vão ficar a aguardar a conclusão do processo num centro temporário de detenção do SEF”.
Segundo a fonte, os detidos “estão indocumentados e recusaram colaborar com as autoridades, sendo desconhecida a sua proveniência, nacionalidade e as suas ligações ao grupo” avistado nas imediações da localidade da Carrapateira, no concelho de Aljezur.
A fonte adiantou que, além dos oito detidos, “foram identificados outros dois homens de nacionalidade ucraniana suspeitos de terem ligações ao grupo avistado”.
A detenção decorreu na sequência de uma denúncia para a Polícia Marítima, por volta das 06:00 de quinta-feira, a indicar o avistamento de uma lancha rápida com três motores, entre a praia do Amado e o Sítio do Forno e um grupo de 12 a 15 pessoas em terra.
Segundo o Capitão do Porto de Lagos, Pedro Palma, a GNR conseguiu intercetar e deter dois dos homens, “tendo os outros elementos do grupo conseguido fugir, bem como a embarcação”.
Durante a tarde, a guarda localizou e deteve outros seis homens, todos indocumentados, perfazendo um total de oito detidos, tendo também sido apreendida “uma centena de jerricãs de combustível” no local do alegado desembarque, referiu a GNR em comunicado.
De acordo com a GNR, os homens foram submetidos a testes de despistagem à covid-19, prosseguindo a investigação “para apurar as circunstâncias da presença do grupo e da embarcação no local”,
A operação policial contou com o reforço de várias valências do Comando Territorial de Faro, da Unidade de Controlo Costeiro, com o apoio da Polícia Marítima, da Polícia Judiciária e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.