CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO
“A DECO e a BEUC apresentaram quewixa às autoridades do EU devido a práticas desleais de empresas de jogos online”
A DECO INFORMA…
O alerta da BEUC à Comissão Europeia e à Rede Europeia de Autoridades de Consumo (CPC-Network) expõe de que forma a indústria dos videojogos maximiza os gastos dos consumidores utilizando moedas virtuais premium. Especificamente, a BEUC e os seus membros identificaram que:
- Os consumidores não conseguem ver o custo real dos itens digitais, levando ao gasto excessivo: As compras no jogo devem ser sempre apresentadas em dinheiro real (por exemplo: Euro) ou pelo menos devem exibir a equivalência na moeda do mundo real.
- As afirmações das empresas de que os jogadores preferem as moedas premium estão erradas: muitos consumidores consideram este passo desnecessário e enganador, preferindo comprar artigos diretamente com dinheiro real.
- Os consumidores veem frequentemente negados os seus direitos quando utilizam moedas premium no jogo, ligadas a condições de utilização injustas, favorecendo os programadores de jogos.
- As crianças são ainda mais vulneráveis a estas táticas manipuladoras. Os dados mostram que as crianças europeias gastam em média 39 euros por mês em compras nos jogos.
Ao longo dos últimos anos, as empresas de videojogos desenvolveram modelos de negócio que dependem cada vez mais das compras no jogo, incluindo moeda no jogo. As moedas premium estão amplamente presentes nos jogos do mercado. Uma revisão de 50 dos videojogos que foram mais jogados em 2023 mostram que 21 deles (42%) incluem moedas premium. Destes 21 jogos, 8 têm uma classificação de idade de 12 anos ou inferior.
Os problemas sinalizados neste alerta vão além dos videojogos e também se aplicam a plataformas de redes sociais e outros mercados. É essencial uma melhor aplicação do quadro legal de defesa dos direitos do consumidor no setor dos videojogos e mais regulamentação nos próximos anos.
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