Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, disse que o posto para a despistagem da doença “visa retirar do centro de saúde os utentes que estejam referenciados para análise pelas autoridades de saúde, como medida de proteção das pessoas e dos profissionais clínicos”.
O posto para a despistagem da covid-19 em Silves é o segundo a ser instalado no distrito de Faro, depois de ter entrado em funcionamento na segunda-feira um centro junto ao Estádio Algarve, entre os concelhos de Faro e de Loulé.
“Houve a necessidade de criar um posto específico para facilitar a recolha e evitar que a população dos concelhos de Silves e de Lagoa se dirijam diretamente ao centro de saúde”, indicou a autarca.
De acordo com Rosa Palma, o centro vai entrar em funcionamento “muito em breve”, numa tenda instalada junto ao centro de saúde de Silves, sob a coordenação das autoridades de saúde pública, desconhecendo-se, para já, o modelo em que irá funcionar.
“Está tudo preparado para que o seu funcionamento se inicie assim que a autoridade de saúde pública o entenda, se em modo ‘drive-thru’ ou outro modelo”, frisou a autarca.
O primeiro centro a abrir no Algarve funciona em modelo ‘drive thru’, ou seja, os cidadãos não necessitam de sair do automóvel para realizar a colheita, sendo o atendimento efetuado através da janela da viatura aos casos referenciados pelos hospitais e pela linha de apoio ao médico.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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