O mais recente relatório da DGS e do INSA em relação à evolução da covid-19 aponta uma “tendência fortemente crescente” do número de internados em cuidados intensivos (UCI) no continente, tal como no total de novos casos a nível nacional.
Apesar de a pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade serem ainda moderados, a tendência é crescente, revelam os números analisados, com a emergência da nova variante nas últimas semanas a justificar – pode ler-se – “a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal”.
Segundo os dados divulgados, o número de novos infetados por 100.000 habitantes acumulado nos últimos 14 dias foi de 298 casos. No que toca aos internamentos em UCI, o aumento de doentes fez alcançar 40% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas (na semana anterior o patamar era de 28%).
Para o grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o relatório refere um total 211 de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100.000 habitantes (acumulado nos últimos 14 dias). Também neste indicador é sublinhada a tendência fortemente crescente a nível nacional.
Quanto ao R(t), apresenta valor igual ou superior a 1, “indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,19) e em todas as regiões”, indica o relatório. Se a taxa de crescimento não sofrer alteração a nível nacional, o limiar de 480 casos em 14 dias por 100.000 habitantes pode ser ultrapassado “em menos de 15 dias”.
Menos acentuada mas também “crescente” é a mortalidade específica por covid-19, com 15,5 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes. Esta taxa, diz o documento, “revela um impacto moderado da pandemia na mortalidade”.
Na última semana passou de 4,3% para 4,7% a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2, encontrando-se acima do limiar definido de 4,0%.
Os organismos responsáveis pela monitorização das linhas vermelhas referem que nos últimos sete dias 88% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação (menos que na semana anterior, com 96%). No mesmo período, “foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 81% dos casos”, acrescenta o relatório.
A variante Delta continua a ser dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados entre 8 a 14 de novembro em Portugal, não tendo até agora sido detetado nenhum caso da nova Omicron.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL