Assim que for aprovada a resolução do Conselho de Ministro deixará de ser obrigatório o uso de máscara nos locais fechados. Há, no entanto, três exceções: hospitais e locais de prestação de serviços de saúde, lares de idosos e transportes públicos.
Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, Marta Temido, ministra da Saúde, confirmou a alteração da medida de contenção da pandemia de covid-19, explicando que as exceções onde o uso da máscara se mantém devem-se ao facto de serem locais frequentados por populações “especialmente vulneráveis”, como os hospitais ou as residências para idosos, ou locais pequenos e “onde o arejamento” é impossível, como os transportes públicos.
“Alteramos o enquadramento porque estamos a assumir que as circunstâncias da pandemia mudaram. A percentagem de vacinação e de reforço de vacinação é reconhecidamente muito protetora; há novos fármacos para a doença grave, que vão chegando ao mercado; temos mais conhecimento sobre a doença; e temos uma conjuntura internacional favorável. Em termos de sazonalidade, os meses de verão são tradicionalmente menos favoráveis à transmissão de vírus respiratórios”, disse.
É também com o argumento da sazonalidade, que a ministra da Saúde deixa a garantia que se for necessário reverter a decisão, isso acontecerá. “Sazonalmente podemos ter de modelar as nossas medidas.”
O estado de alerta em vigor decretado pelo Governo termina esta sexta-feira em às 23h59. Assim é expectável que a resolução do Conselho de Ministros seja aprovada a tempo de entrar em vigor já no próximo sábado.
Temido explicou ainda que a situação pandémica em Portugal apresenta uma “dupla circunstância”. Por um lado, o número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos por doentes covid “é largamente inferior” (46) ao valor de referência (170) que define as medidas de contenção. Por outro, o número de mortes a 14 dias por milhão de habitantes é superior (27,9) ao indicador definido (20).
“A mortalidade por todas as causas no nosso país encontra-se dentro do esperado para esta época do ano, em alguns dias com excesso mas dentro dos valores de referência”, disse ainda a ministra, reforçando que a mortalidade se mantém estável desde fevereiro.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL