Skip to content
Postal do Algarve

Postal do Algarve

Menu
  • Homepage
  • Sociedade
    • Ciência
  • Economia
    • Brand Story
    • Patrocinado
    • Publicidade
  • Cultura
    • Ensino
    • Lazer
  • Desporto
  • Saúde
  • Política
    • Legislativas 2022
  • Opinião
  • Europe Direct Algarve
  • Edição Papel
    • Caderno Alcoutim
  • Contactos
Menu
Ciência, Sociedade

Cientistas portugueses partem em março para o Ártico para avaliar impacto de mercúrio

Cientistas portugueses do Instituto Superior Técnico partem em 6 de março para o Ártico numa primeira campanha para avaliar o impacto do mercúrio na vida animal e humana na região gelada, disse esta sexta-feira o coordenador da expedição, João Canário.

18:31 25 Fevereiro, 2022 18:31 25 Fevereiro, 2022 | Jornal Postal
  • Facebook
  • Messenger
  • Whatsapp
  • Twitter
  • Telegram
  • Email
  • Linkedin
  • Pinterest

O grupo, que vai juntar-se a outros investigadores no Canadá, devia ter partido em janeiro, mas o agravamento da pandemia da covid-19 impediu que tal acontecesse.

A equipa de investigadores luso-canadiana, coordenada por João Canário, especialista em química ambiental, vai trabalhar durante uma semana numa “área esporádica” de ‘permafrost’ (solo permanentemente gelado) no vale do rio Sasapimakwananisikw, na região subártica (Baixo Ártico) de Nunavik, na província canadiana do Quebeque.

O vale, que serve a comunidade de Whapmagoostui-Kujjuuarapik, onde o grupo ficará alojado, é um sítio de “rápido degelo” e erosão da paisagem, com formação de lagos devido à “degradação contínua de montículos de ‘permafrost’ (palsas)”.

Em 2019, João Canário orientou um trabalho de mestrado que constatou elevadas concentrações de metilmercúrio em lagos nesta zona, mas muita coisa ficou por esclarecer, como por exemplo que bactérias fazem com que o mercúrio se torne numa neurotoxina (que causa lesões no sistema nervoso) e que processos bioquímicos ocorrem nessa transformação.

A forma mais tóxica de mercúrio, com efeitos nocivos para animais e humanos, tem o nome de metilmercúrio.

A campanha a Sasapimakwananisikw, que inclui uma nova deslocação no verão, em setembro, insere-se no projeto Permamerc, que visa medir os níveis de mercúrio no gelo, na água, sedimentos de lagos e em peixes e avaliar o seu impacto na vida selvagem da região ártica e na saúde da população indígena.

João Canário espera ter resultados preliminares desta primeira campanha no fim do ano.

Uma segunda campanha, que decorrerá também no inverno e no verão, está prevista para 2023, também na região canadiana de Nunavik, mas numa área de ‘permafrost’ distinta, mais rica mas descontínua, perto da comunidade indígena de Kangiqsualujjuaq.

Os lagos de Kangiqsualujjuaq “resultaram do descongelamento de ‘permafrost’ de granulação fina rica em gelo e são muito menos biogeoquimicamente caracterizados” do que os do vale do rio Sasapimakwananisikw.

No projeto Permamerc, orçado em cerca de um milhão de euros, serão, designadamente, recolhidas e analisadas amostras e estimado o grau de contaminação nas cadeias alimentares através de modelos matemáticos aplicados aos dados obtidos.

O trabalho irá envolver a comunidade indígena (Inuítes) em ações pedagógicas nas escolas, onde será explicada a investigação que vai ser feita e a sua importância.

Além de cientistas do Instituto Superior Técnico, participam, por Portugal, no “Permamerc” investigadores do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto.

O Canadá está representado por cientistas das universidades de Laval e Trent, da agência governamental Ambiente e Alterações Climáticas e do Instituto Nacional de Investigação Científica.

Segundo o investigador João Canário, o degelo em zonas de ‘permafrost’ do Ártico, onde o mercúrio está retido há milhares de anos, tem levado à libertação deste metal pesado para a atmosfera e água.

Em consequência do aumento da temperatura global, superfícies permanentemente geladas têm derretido e gerado a formação de lagos que são autênticas “sopas” de bactérias e metais pesados como o mercúrio, que se acumula na água e em sedimentos.

Estudos anteriores revelaram que bactérias transformam o mercúrio inorgânico em mercúrio orgânico, “que é mais tóxico”, e fazem com que se torne volátil e seja libertado para a atmosfera.

De acordo com João Canário, os efeitos do degelo, causado pelo aquecimento do planeta, podem ser igualmente preocupantes quando a água dos lagos no Ártico drena para ribeiros, rios e mares.

Últimas

  • Brasileiros surpreendem com respostas a: “Qual é o único país que faz fronteira com Portugal?”[vídeo]
    Brasileiros surpreendem com respostas a: “Qual é o único país que faz fronteira com Portugal?”[vídeo]
  • Portugal sobe ao oitavo lugar do ranking FIFA
    Portugal sobe ao oitavo lugar do ranking FIFA
  • EN125 faz parte das cinco estradas em que morreram 10% das vítimas de acidentes
    EN125 faz parte das cinco estradas em que morreram 10% das vítimas de acidentes
  • Aeroporto de Faro de novo com milhares de passageiros na zona de chegadas [vídeo]
    Aeroporto de Faro de novo com milhares de passageiros na zona de chegadas [vídeo]
  • Deputado do PSD Luís Gomes vai ser substituído por Dinis Faísca na Assembleia da República
    Deputado do PSD Luís Gomes vai ser substituído por Dinis Faísca na Assembleia da República

Opinião

  • Leitura da Semana: O Grande Panda e o Pequeno Dragão, de James Norbury | Por Paulo Serra
    Leitura da Semana: O Grande Panda e o Pequeno Dragão, de James Norbury | Por Paulo Serra
  • Meio século depois, a desigualdade galopante | Por Mendes Bota
    Meio século depois, a desigualdade galopante | Por Mendes Bota
  • Falta habitação. É preciso políticas de construção a preços controlados | Por Elidérico Viegas
    Falta habitação. É preciso políticas de construção a preços controlados | Por Elidérico Viegas

Europe Direct Algarve

  • Ciclo de debates ‘EUropa no centro’ chega ao Mar Shopping Algarve
    Ciclo de debates ‘EUropa no centro’ chega ao Mar Shopping Algarve
  • Podcast | SOTEU 23 – Europa quo vadis? O eco dos nossos mais jovens cidadãos
    Podcast | SOTEU 23 – Europa quo vadis? O eco dos nossos mais jovens cidadãos
Há um novo POSTAL no Algarve nas bancas com o EXPRESSO. Faça a sua assinatura! 🌍
  • Política de Privacidade, Estatuto Editorial e Lei da Transparência
Configurações de privacidade
©2023 Postal do Algarve