A procura pela felicidade é uma jornada complexa, e muitas teorias tentam defini-la. Como nos conta a National Geographic, Freud acreditava que era resultado da satisfação de necessidades acumuladas, enquanto Aristóteles a associava à combinação de bens externos, corporais e da alma. Cliff Arnall, psicólogo adjunto da Universidade de Cardiff, até formulou uma equação que considera fatores como temperaturas, socialização e contato com a natureza.
No entanto, a ciência vai além, revelando que as emoções podem ser influenciadas por hábitos diários específicos.
- Dar um nome às emoções: Identificar e expressar sentimentos pode ter um impacto significativo na gestão emocional. Estudos mostram que nomear emoções reduz a atividade da amígdala, a região do cérebro associada às emoções. Escrever ou falar sobre experiências pode aumentar a consciência dos problemas, permitindo uma perspetiva crítica para uma gestão mais eficaz. Exemplo: A escritora Isabel Allende, após a morte de sua filha, encontrou conforto ao escrever “Paula” (1994), uma experiência que descreve como salvadora.
- Socializar: A natureza social dos seres humanos é inegável. Pesquisas indicam que a qualidade das relações é um denominador comum entre pessoas felizes. Ter uma rede de apoio não apenas contribui para a felicidade, mas também está associado a uma vida mais longa, alcance de metas e melhor saúde física. Teorias: Estudos da Universidade de Harvard e a teoria de Mark S. Granovetter sugerem que conexões sociais, mesmo superficiais, desempenham um papel crucial na felicidade e na adaptabilidade às mudanças.
- Praticar Exercício Físico: Associado à qualidade de vida, o exercício físico demonstrou ter impactos significativos na felicidade. Um estudo envolvendo 1,2 milhões de pessoas nos EUA concluiu que aqueles que praticavam exercício relatavam menos dias de saúde mental precária. O exercício em grupo proporcionava ainda mais benefícios.
- Abraçar: O contato físico, como abraços, reduz a produção de cortisol, permitindo a liberação de oxitocina e serotonina. Abraçar está associado a um alívio do estado de espírito negativo após conflitos pessoais. Desde a infância, o abraço é percebido como um gesto de proteção, diminuindo o stress e promovendo a felicidade. Estudo: Uma pesquisa publicada na PLOS ONE destaca o papel dos abraços no alívio do estado de espírito negativo associado a conflitos pessoais.
Em síntese, incorporar estes hábitos simples pode ter um impacto positivo na gestão emocional e potenciar um sentido mais duradouro de felicidade.
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