O presidente da Câmara de Castro Marim lamentou esta sexta-feira a não renovação da comissão de serviço do delegado de saúde local, por parte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.
Em nota enviada às redações, Francisco Amaral destacou que o médico em causa se tem revelado “muito competente, preocupado, ativo e disponível, nomeadamente no combate à covid-19”.
O autarca eleito pelo PSD-CDS acusou a ARS de, “em plena pandemia e num concelho em risco elevado”, não ter ouvido o executivo de Castro Marim e sublinhou tratar-se de uma decisão que “só se justifica na baixa política e na perseguição pessoal, devendo esta tomada de posição envergonhar os seus autores”.
“Trata-se de uma decisão, no mínimo, infeliz e inoportuna da ARS, que se deveria preocupar, de modo sério, com o controlo desta pandemia, em vez de só valorizar as perseguições pessoais e políticas, julgando-se ‘dona disto tudo’”, pode ler-se na nota.
O município de Castro Marim revelou ter dado “conhecimento à ministra da Saúde para reverter esta decisão”.
Contactada pela Lusa, a ARS Algarve respondeu que “não comenta este tipo de comunicados” e informou que as renovações ou não de comissões de serviço são “processos internos normais”, realizadas de acordo com a lei que estabelece o regime jurídico da designação, competência e funcionamento das entidades que exercem o poder de autoridades de saúde.
Destacou ainda que estes processos “não colocam em causa o trabalho que está a ser desenvolvido no terreno pelas equipas de Saúde Pública da região e, neste caso, do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Sotavento, no combate à pandemia”.