As buscas aquáticas e subaquáticas na barragem de Montargil, no concelho de Ponte de Sor (Portalegre), pelo homem desaparecido desde sábado já cobriram uma área de cerca de 30 mil metros quadrados, revelaram os bombeiros.
O comandante da corporação de Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor, Simão Velez, explicou esta terça-feor à agência Lusa que, entre o início da operação de buscas, no sábado à tarde, e segunda-feira ao final do dia, os mergulhadores já tinham ‘batido’ uma área subaquática de 25 mil metros quadrados.
As buscas para tentar encontrar o homem, de 33 anos, foram retomadas hoje, a partir das 07:00, por terra, pelas margens da albufeira, e um pouco mais tarde com recurso a mergulhadores de diversas corporações de bombeiros do distrito de Portalegre.
Segundo Simão Velez, primeiro “foi feita uma busca com mergulhadores numa área com pé”, num percurso em que a água está “entre os 50 centímetros e 1,80 metros” de altura.
“Como foi um percurso a pé, foi mais fácil e rápido e, por isso, já vamos com uma área de busca aquática de mais uns cinco mil metros quadrados”, acrescentou, indicando que as buscas subaquáticas, com mergulho, só começaram por volta das 11:30.
O comandante reconheceu que o perímetro das buscas na barragem “é muito grande e, se as informações [sobre o local em que o homem desapareceu na água] não corresponderem de todo àquilo que as pessoas [que testemunharam a ocorrência] disseram, então, é impensável conseguirmos encontrar o corpo”.
No local, neste quarto dia de buscas, encontram-se 28 operacionais, dos quais 11 mergulhadores, apoiados por duas embarcações e uma mota de água, segundo o comandante Simão Velez.
O alerta para esta situação foi dado aos bombeiros às 15:06 de sábado. A filha deste homem, uma menina de 5 anos, ainda foi resgatada da barragem com vida, por populares, mas, acabou por morrer, no percurso para o hospital.
Fonte da GNR disse que, de acordo com relatos de testemunhas, pai e filha estariam a utilizar um barco de borracha na albufeira, numa zona perto do parque de campismo.
“O senhor estava na água, a nadar, e a menina estaria no barco. As testemunhas não se aperceberam do que é que aconteceu a seguir”, disse a fonte.