Biba Tanya, uma britânica, encontrou no Algarve, o local ideal para viver um sonho que muitos considerariam inalcançável sem gastar uma fortuna. Com hectares de terreno, uma casa espaçosa com piscina, cascata, e um pomar de laranjeiras, limoeiros e cerejeiras, Biba vive uma vida que, segundo a própria, é incomparavelmente melhor em termos de qualidade e custo de vida em relação ao que tinha no Reino Unido. Saiba agora mais neste artigo com a colaboração do The Sun.
Desde que se mudou para Portugal, Biba, de 43 anos, e os seus dois filhos, Tabitha, de 10 anos, e Lola, de seis, beneficiam de uma qualidade de vida superior, pagando apenas 500 euros (aproximadamente £420) por mês de renda, uma fração do que pagava no Reino Unido.
“Mudei-me para o Algarve para dar uma educação global aos meus filhos – a renda é de £420 por mês, incluindo uma piscina… Nunca mais voltarei ao miserável Reino Unido”, refere ao jornal.
Antes da mudança, a família vivia em Clitheroe, Lancashire, em Inglaterra, numa pequena e apertada casa de três quartos, sem jardim, onde a renda mensal era de £750 (aproximadamente 890 euros).
“Costumávamos viver numa pequena casa geminada de três quartos, sem jardim, e pagávamos £750 por mês de renda. A nossa casa de campo em Portugal tem três vezes o tamanho e custa metade do preço. Também assinámos um contrato de arrendamento de dez anos, o que nos dá controlo, e não aos senhorios,” explica ao The Sun, revelando que a mudança não só lhes proporcionou uma casa maior e melhor, mas também uma estabilidade financeira e emocional que antes não tinham.
A mudança para Portugal foi motivada, em parte, pelo desejo de escapar ao alto custo de vida e à pressão financeira que sentia no Reino Unido.
À mesma fonte explica que “antes da mudança, estava a lutar para fazer face às despesas com £300 por semana na Reino Unido. Era uma existência de mão para boca. Não havia jardim na casa, o tempo era miserável e eu estava constantemente endividada,”.
Agora, no Algarve, a britânica conseguiu reduzir drasticamente os seus custos de vida, eliminando por completo as contas de serviços domésticos, que antes ascendiam a mais de £600 mensais (aproximadamente 712 euros).
“A nossa eletricidade é gratuita graças aos painéis solares. A água vem do poço na propriedade. Não pago nada por aquecimento, água ou energia,” afirma.
Além das economias em renda e serviços, Biba conseguiu também reduzir significativamente os gastos com alimentação. No Reino Unido, gastava mais de £500 (aproximadamente 593 euros) por mês em mercearias, enquanto agora gasta menos de £100 (aproximadamente 118 euros). Parte dessa economia vem da autossuficiência que a família conseguiu alcançar, cultivando os seus próprios frutos e vegetais e criando animais para carne.
“Tentamos viver de acordo com as estações e cultivamos todos os nossos frutos e vegetais nos nossos terrenos. Temos cabras, porcos e ovelhas para carne. Só precisamos do básico do supermercado. Eu crio e abato o meu próprio gado. As 15 galinhas fornecem-nos ovos e carne, os três porcos fornecem carne biológica suficiente para dezoito meses e as cabras são ordenhadas diariamente. As minhas filhas sabem como abater uma galinha e adoram a nossa autossuficiência”, explica.
Outro aspeto positivo da mudança foi a melhoria na educação das filhas, que a britânica descreve como uma “educação global”. Em vez de seguir o currículo tradicional britânico, as suas filhas aprendem através da experiência e da vida ao ar livre.
“Permiti que as minhas filhas aprendessem através da educação mundial ou global. Em vez de estarem presas aos manuais escolares, os meus filhos aprenderam português. Aprenderam geografia ao viajar, a sua ortografia está acima da média para a sua idade porque aprendemos à medida que vamos vivendo. A minha filha de dez anos consegue cozinhar uma refeição nutritiva de três pratos e a minha filha de seis anos sabe imenso sobre nutrição e culinária. Não forcei um currículo às minhas filhas. Elas escolhem aprender”, explica.
Biba também menciona as poupanças que conseguiu fazer em outros aspectos da vida, como o transporte. Em vez de comprar um carro, optou por alugá-lo, pagando 280 euros por mês, um valor que cobre não só o aluguer, mas também o seguro e o imposto rodoviário.
“As pessoas podem pensar que alugar um carro é ridículo. Não é. No Reino Unido, muitas prestações de carros são £300 por mês. Aqui, os 280 euros cobrem o aluguer do carro, seguro e imposto rodoviário. Se avariar, recebo um carro novo. É mais barato alugar um veículo a longo prazo”, refere.
A decisão de se mudar para Portugal foi tomada após o primeiro confinamento em 2020, durante o qual a britânica se separou do seu parceiro de longa data.
“Separei-me do meu parceiro de longa data durante o confinamento. O meu filho mais velho, Sebastian, de 17 anos, terminou a escola e ficou no Reino Unido. Sabia que os meus dois filhos mais novos e eu precisávamos de um novo país,” explica à mesma fonte.
Apesar de algumas dificuldades iniciais, como sair do Reino Unido com apenas £500 (aproximadamente 593 euros) no banco, Biba conseguiu construir uma vida melhor para si e para as suas filhas.
“Mudar-me para Portugal foi a melhor decisão que já tomei, financeiramente e fisicamente. Sinto-me mais saudável, mais leve e mais feliz,” diz ao jornal inglês, concluindo que não tem intenções de voltar ao Reino Unido. “Sou a prova de que entrar num avião pode mudar a vida. Tem de querer mudar e querer criar uma vida melhor. Não voltarei para casa”.
Além de ser coach de vida, Biba ganha dinheiro através de colaborações em redes sociais, onde partilha a sua experiência de vida e dicas para uma vida mais simples e sustentável.
“Aprendi a fazer colaborações com empresas, desde protetores solares até filtros de água. Viver ao sol permite isso. Permitiu-me florescer”, explica ainda.
No final, a britânica resume a sua experiência no Algarve como a realização de um sonho, provando que é possível viver uma vida de qualidade sem cair nas armadilhas financeiras que muitos encontram ao tentar mudar de país.
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