Quatro anos antes de se tornarem no casal mais procurado pelas polícias ibéricas e serem reconhecidos por um cliente quando comiam um hambúrguer num McDonald’s em Zamora (Norte de Espanha), Sidney Martins e Nélida Guerreiro, de 42 e 40 anos, respetivamente, já tinham deixado a sua marca em São Brás de Alportel, interior algarvio, e em Bragança, no Norte do país.
Os dois suspeitos de terem assaltado com alguma violência várias estações de serviço nas últimas semanas — e que ficaram agora em prisão preventiva — conheceram-se em 2018 naquela vila algarvia.
A mãe de Nélida é uma pessoa popular, pois tinha uma banca de pão no mercado. Já Sidney tinha ido para o Algarve, oriundo do Reino Unido, para tratar de umas propriedades deixadas pelo pai, que tinha morrido.
O consumo de drogas terá sido o gatilho para enveredarem pelo crime. A marca do casal em São Brás de Alportel ficou vincada nesse mesmo ano com a morte de um homem de 70 anos, muito conhecido na terra, com quem Nélida manteve uma relação sexual.
A 18 de setembro de 2018, Sidney teria entrado em casa do homem, agredindo-o com um objeto contundente. Juntos, e segundo os procuradores, terão aberto o gás e ateado um incêndio que matou o ex-amante de Nélida.
O Ministério Público acusou-os então de traçarem um plano para o roubar, agredir e matar. Sidney ficou em prisão preventiva durante quase um ano e Nélida foi obrigada a apresentações periódicas numa esquadra. Só que o casal viria a ser absolvido pelo Tribunal de Faro por falta de provas. E Sidney acabou por ser libertado.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL