O mês de junho de 2022 foi o sexto mais quente de sempre a nível global e há uma probabilidade superior a 99% de este ano se situar entre os dez anos mais quentes de que há registo, de acordo com o mais recente relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
A temperatura média da superfície global – terra e oceano – esteve 0,87º acima da média do século XX de 15,5º, o que fez de junho o sexto mês mais quente em 143 anos. Foi também o 450.º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX. O relatório destaca ainda que os dez meses de junho mais quentes registaram-se todos após 2010.
Analisando exclusivamente a temperatura da terra, o último mês foi o segundo junho mais quente registado no hemisfério Norte, com valores 1,56º acima da média. “A Europa teve o seu segundo mês de junho mais quente de sempre, em grande parte devido a uma onda de calor invulgarmente precoce vinda do Norte de África. Espanha e França registaram temperaturas que só foram tipicamente registadas em julho ou agosto, quebrando vários recordes durante o mês. A Ásia também teve o seu segundo mês de junho mais quente de que há registo”, lê-se no documento.
Além disso, a primeira metade do ano foi a sexta mais quente de sempre, com uma temperatura global 0,85º acima da média do século XX de 13,5º. Segundo a NOAA, existe uma probabilidade superior a 99% de 2022 ficar entre os dez anos mais quentes registados, mas apenas 11% de se situar entre os cinco mais quentes. Os dez anos com maiores temperaturas foram, por esta ordem, 2016, 2020, 2019, 2015, 2017, 2021, 2018, 2014, 2010 e 2013.
Outro dado relevante relaciona-se com a cobertura do gelo polar. Em termos de extensão, junho de 2022 foi o mês de junho com a segunda menor cobertura de gelo marinho, apenas atrás do mesmo mês em 2019. Já a atividade ciclónica tropical esteve dentro da média para a época, com cinco tempestades identificadas mundialmente.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL