A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) anunciou esta segunda-feira a abertura da segunda fase de candidaturas destinadas a melhorar a gestão e a eficiência hídrica na região, no valor de sete milhões de euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A AMAL informou que “acaba de lançar o segundo aviso, no valor de sete milhões de euros, para apoio a projetos que promovam a gestão eficiente dos sistemas de abastecimento de água do Algarve”, estando as candidaturas abertas até 2 de junho.
“No âmbito deste aviso, são elegíveis as candidaturas que visem a setorização de redes, a monitorização e o controlo de perdas reais de água, para uma melhor gestão nos sistemas de distribuição em baixa do Algarve”, precisou a AMAL num comunicado.
A mesma fonte esclareceu que “as entidades gestoras das redes de abastecimento de água em baixa”, como “municípios e as suas associações, assim como o setor empresarial e empresas concessionárias municipais”, são os principais destinatários deste aviso, que permite, “a fundo perdido, uma subvenção a 100%, não reembolsável, financiada através do fundo Next Generation EU [Fundos Próxima Geração, da União Europeia]”.
A entidade que congrega os 16 municípios do Algarve referiu que se reuniu na sexta-feira “com autarcas e técnicos municipais ligados a esta área, para apresentação das condições de acesso e formalização das candidaturas”.
No âmbito da primeira fase de candidaturas, que decorreu em setembro de 2021, estão a ser aplicados 14 milhões de euros para execução de 54 empreitadas de requalificação de redes e implementação de zonas de medição e controlo, destacou a AMAL.
A mesma fonte frisou que o “investimento em redução de pressões está igualmente a ser apoiado” através do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve, que conta com uma verba de cerca de 200 milhões de euros do PRR para melhorar o acesso e a disponibilidade de água na região, muito afetada pela seca e pela falta de chuva.
Entre os projetos a apoiar através do PRR e do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve estão também a construção de uma estação de dessalinização com capacidade até 24 hectómetros cúbicos na região, a captação de água do rio Guadiana a partir do Pomarão (Mértola) até à barragem de Odeleite (Castro Marim), ou a disponibilização de águas residuais tratadas em regas de campos de golfe ou espaços verdes.
O aviso lançado pela AMAL pode ser consultado aqui.